O ex-presidente Jair Bolsonaro foi transferido de Natal para Brasília na tarde de sábado, 12 de abril, em uma UTI aérea, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do Partido Liberal no Rio Grande do Norte. A sua internação em Natal, iniciada na sexta-feira, 11, foi motivada por um quadro de suboclusão intestinal, consequência de cirurgias realizadas após o atentado que sofreu em 2018.
Bolsonaro estava em uma turnê pelo Nordeste conhecida como "Rota 22" quando chegou a passar mal na cidade de Tangará, que fica a cerca de 98 km de Natal. Após os primeiros atendimentos no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, foi transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal, onde ficou sob observação médica.
A transferência para Brasília foi uma decisão conjunta entre o ex-presidente, sua família e a equipe médica. O propósito era não apenas garantir a presença da família, mas também proporcionar novas avaliações médicas no Hospital DF Star. Por volta das 17h30, Bolsonaro deixou o Hospital Rio Grande e se dirigiu ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, onde embarcou na UTI aérea às 19h.
O boletim médico divulgado no mesmo dia revelou que o quadro de Bolsonaro era considerado estável. Ele apresentava ausência de distensão abdominal e um bom estado de humor. As avaliações mostraram que não havia necessidade de analgesia, e todos os sinais vitais permaneciam dentro dos padrões normais.
Os médicos estão monitorando a situação, uma vez que a suboclusão intestinal é uma condição frequentemente observada em pacientes com histórico de múltiplas cirurgias. A expectativa é que os especialistas acompanhem de perto a evolução do quadro clínico para determinar se serão necessárias intervenções cirúrgicas adicionais.