O recente anúncio do presidente Donald Trump sobre tarifas que incidem sobre produtos de mais de 180 países tem causado um tremor significativo nos mercados financeiros globais. Desde 2 de abril de 2025, a determinação de proteger a economia americana gerou uma aura de incerteza que já começa a refletir em disparadas nos preços e quedas vertiginosas nas bolsas de valores.
Os investidores estão apreensivos com a possibilidade de que essas tarifas tragam consigo uma onda de recessão global, podendo aumentar a inflação e reduzir o consumo nos Estados Unidos. As bolsas de valores ao redor do mundo mostraram sinais de estresse, com o Dow Jones e o S&P 500 experimentando perdas notáveis.
Após o anúncio das tarifas, o dólar apresentou uma valorização em relação a moedas de países emergentes, como o real, enquanto não teve o mesmo desempenho contra divisas de economias desenvolvidas. O índice DXY, que faz a comparação do dólar com outras moedas mais fortes, sofreu uma queda significativa, indicando uma perda de confiança nos ativos americanos. Isso levou a uma venda em massa de dólares e títulos do Tesouro dos EUA.
As bolsas globais se viram em um cenário de forte declínio, com o Dow Jones e o S&P 500 registrando perdas superiores a 4,84% em um único dia, uma jornada difícil que foi ainda mais acentuada pela Nasdaq, onde as ações do setor tecnológico caíram 5,97%. A volatilidade que assola os mercados permanece em alta, com oscilações de quedas e tentativas de recuperação acontecendo continuamente.
Num ambiente de incertezas, o ouro se destacou como um porto seguro, superando preços dignos de nota, como US$ 3.200 por onça troy. Em contraste, o bitcoin e outras criptomoedas enfrentaram um mercado difícil, apresentando uma continuidade de quedas. A criptomoeda número um do mundo, no entanto, teve uma leve recuperação recentemente, o que levanta questões sobre sua resiliência.
A recente pausa de 90 dias que Trump anunciou nas tarifas não conseguiu apaziguar plenamente as preocupações dos investidores. A dúvida sobre a capacidade do governo americano de firmar novos acordos comerciais de maneira eficaz dentro desse prazo continua a pairar sobre os investidores. Analistas financeiros alertam para o risco iminente de uma recessão global, enfatizando a necessidade de cautela nas decisões de investimento.