Em uma decisão histórica, a Suprema Corte da Carolina do Norte decidiu na última sexta-feira que a maioria dos votos contestados pelo candidato republicano Jefferson Griffin deverá ser contabilizada na disputa pela vaga no tribunal estadual. Esta decisão impacta uma das únicas eleições ainda não resolvidas no país, que ocorreu em novembro, onde a democrata Allison Riggs está na liderança com uma margem estreita de 734 votos entre mais de 5,5 milhões de votos totais.
A eleição em questão representa um ponto crucial no processo eleitoral de 2024. Jefferson Griffin, um juiz de apelação filiado ao Partido Republicano, tem contestado sua aparente derrota desde então, levantando preocupações sobre a validade de milhares de votos. Griffin indicou três categorias principais de votos que considera problemáticos: os de eleitores com registros incompletos, aqueles de militares e cidadãos no exterior sem as devidas identificações, e os votos de expatriados que nunca viveram na Carolina do Norte.
A decisão da Suprema Corte significa que cerca de 60.000 votos de eleitores com registros incompletos deverão ser contados, pois a corte atribuiu a responsabilidade pela falta de informações à Junta Estadual de Eleições. Contudo, a corte também estabeleceu que os votos de militares e eleitores residentes no exterior, que não apresentaram a identificação fotográfica ou os formulários de exceção adequados, precisarão comprovar sua identidade dentro de um prazo de 30 dias para serem considerados válidos. Além disso, a corte reafirmou que os votos de expatriados que nunca residiram no estado são inválidos.
A decisão gerou reações mistas entre os políticos da Carolina do Norte. Muitos democratas, juntamente com alguns republicanos, expressaram preocupações de que essa decisão poderia comprometer a confiança nas eleições, alterando regras estabelecidas após a votação. A juíza democrata Anita Earls hastiou a crítica à decisão, afirmando que ela representa um tratamento desigual para os eleitores da Carolina do Norte.
Em resposta, o Partido Democrata do estado anunciou que planeja contestar a decisão em tribunais federais, argumentando que essa medida estabelece um precedente perigoso para as futuras eleições.
A continuidade deste processo judicial poderá ter grandes repercussões para as eleições na Carolina do Norte e em todo o país. À medida que a contagem dos votos contestados avança, a preocupação com a segurança eleitoral e a integridade das eleições se torna cada vez mais premente. O desenvolvimento dessa situação será acompanhado de perto por observadores e analistas políticos, que buscam entender as consequências que essa decisão poderá ter nas eleições futuras.
.