Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escalou a guerra comercial com a China ao aumentar as tarifas sobre produtos chineses para 125%. Ele afirmou que, apesar dos desafios enfrentados, sua política tarifária terá um "final feliz". Segundo Trump, a China também deseja um acordo, mas não sabe como iniciar as negociações, e ele está esperando uma ligação de Pequim para prosseguir.
Em resposta, a China impôs tarifas de retaliação de 84% sobre produtos americanos, prometendo resistir firmemente às medidas dos Estados Unidos. Essa dinâmica acirrou ainda mais a tensão econômica entre as duas potências.
A tensão comercial entre os EUA e a China representa uma das preocupações econômicas mais prementes do cenário internacional. Recentemente, Trump anunciou um plano de "tarifas recíprocas", que afetaria mais de 180 países. No entanto, essas tarifas foram suspensas por 90 dias para a maioria dos parceiros comerciais, exceto para a China, que se tornou o foco principal das ações tarifárias. A escalada das tarifas pela China, por sua vez, é uma resposta direta às movimentações de Washington, levando a uma intensificação da guerra comercial.
A situação tem gerado reações cautelosas de parceiros comerciais. A União Europeia decidiu suspender suas contramedidas em resposta à suspensão temporária das tarifas recíprocas promovidas por Trump. O bloco ASEAN, que reúne países do sudeste asiático, também se comprometeu a não impor retaliações contra os EUA, enquanto o Vietnã está buscando um acordo para reduzir tarifas aplicadas sobre suas exportações, mostrando a complexidade das relações comerciais na região.
O aumento das tarifas levanta preocupações significativas sobre seu impacto na economia global. O banco de investimento Goldman Sachs revisou suas previsões de crescimento da economia chinesa para 2025 e 2026, citando os efeitos das novas tarifas no mercado de trabalho e na economia chinesa. As incertezas econômicas refletiram nas bolsas de valores, com Wall Street fechando o dia com quedas acentuadas após os anúncios de Trump, evidenciando o receio do mercado diante da guerra comercial em curso.
Com as negociações entre as potências ainda em andamento, analistas e investidores se perguntam sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países e as possíveis repercussões na economia global.