O recente tarifaço imposto por Donald Trump resultou em um boicote internacional a produtos americanos, atingindo especialmente o continente europeu e o Canadá. Em abril de 2025, consumidores em diversos países começaram a rejeitar produtos dos EUA, como resposta direta às tarifas elevadas aplicadas pelo ex-presidente. Apesar de uma breve suspensão nas tarifas, o movimento contra as marcas americanas, como a Tesla, que viu suas vendas globais caírem em até 13%, está forte e continua a ganhar aderência nas redes sociais e no comércio físico.
A União Europeia, que anteriormente enfrentava uma taxa de 20% sobre suas exportações, considera que embora tenha suspendido as contramedidas após a decisão de Trump de reduzir as tarifas, o impacto negativo nas vendas de produtos americanos persiste. A Tesla, uma das marcas mais afetadas, registrou uma perda de 40% em sua cotação na bolsa de valores e se vê no meio de protestos em várias localidades do mundo.
As decisões comerciais de Trump não afetam apenas a economia dos Estados Unidos, mas também minam sua reputação como um parceiro comercial confiável. Segundo Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos EUA, a deterioração da imagem comercial americana pode ter efeitos duradouros e irreversíveis, mesmo em um cenário onde Trump decida recuar de suas políticas.
Adicionalmente, a China, principal concorrente comercial dos EUA, enfrenta tarifas que podem chegar a 145%, aumentando ainda mais as tensões entre as duas nações.
O boicote que se estende gradualmente ao longo do globo representa um grande desafio para as empresas americanas, que precisam repensar suas estratégias no mercado internacional. A Suntory Holdings, que possui marcas como Jim Beam, já projeta um impacto negativo crescente na aceitação de seus produtos, em consequência das tarifas e da percepção negativa em relação aos produtos americanos.
No cenário atual, enquanto algumas empresas americanas tentam se adaptar, fabricantes de produtos locais, como a Volkswagen, estão colhendo os frutos do aumento na demanda por alternativas aos produtos americanos. O futuro parece incerto para as marcas dos Estados Unidos, que agora enfrentam um mercado global cada vez mais hostil.