Na última sexta-feira, 11 de abril, um novo voo de deportados dos Estados Unidos aterrissou no Brasil, especificamente no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, Ceará. Essa mudança de rota, que anteriormente levava os deportados a Belo Horizonte, responde a críticas e controvérsias sobre a prática de manter os deportados algemados durante o sobrevoo do território nacional.
Os voos de deportação visam repatriar brasileiros que descumpriram as leis de imigração dos EUA, e desde 2019, mais de 11.800 cidadãos brasileiros foram enviados de volta ao país, somando mais de 50.000 desde 2001. A preferência por Fortaleza como ponto de chegada representa um esforço das autoridades para mudar a percepção pública sobre o tratamento dispensado aos deportados, especialmente após incidentes que suscitaram polêmica.
A rota dos voos passou por mudanças significativas após um episódio crítico em janeiro, quando um voo mantinha os deportados algemados durante uma parada em Manaus. Esse procedimento gerou repercussão negativa, levantando questões sobre a dignidade dos deportados. Com a nova abordagem, ao chegarem em Fortaleza, as algemas são removidas antes que os deportados sigam para seus destinos finais, permitindo um tratamento mais humano.
Após desembarcarem em Fortaleza, os deportados são assistidos pela Força Aérea Brasileira (FAB), que os transporte até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, onde recebem suporte social e orientações para um retorno seguro a suas residências. Essa mudança de operação representa um avanço significativo na abordagem de repatriação, assegurando que aqueles que voltam para casa sejam tratados com dignidade e respeito.
Com o novo procedimento, espera-se que as críticas sobre algemas em voos de deportação diminuam, trazendo um alívio às famílias e comunidades afetadas por essas medidas. Resta saber se a mudança se tornará um padrão definitivo e se outras ações serão implementadas para garantir os direitos dos deportados no futuro.