O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Hugo Motta, fez uma comparação impactante durante uma palestra na Associação Comercial de São Paulo, ao associar as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a um retrocesso semelhante ao momento devastador dos ataques de 11 de setembro de 2001. O anúncio, realizado em 7 de abril de 2025, evidencia a seriedade das medidas e suas potenciais repercussões na economia global.
No entendimento de Motta, a elevação das tarifas, que variam de 10% a 50% sobre produtos de mais de 180 países, sinaliza um retorno ao bilateralismo e mercantilismo, modos de operação econômica considerados ultrapassados e prejudiciais para o comércio internacional. "Essas medidas nos levam a períodos bem retrógrados", afirmou Motta, deixando claro seu descontentamento com os rumos do comércio global.
O contexto para essa declaração surgiu após o recente discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou o que chamou de "Dia da Libertação". A ação visa proteger a indústria americana, mas gera temores de uma guerra comercial em grande escala. O descontentamento está se espalhando, não apenas no Brasil, mas em diversas partes do mundo.
A reação internacional é forte. A União Europeia já manifestou preocupação, alertando que está preparada para retaliar as medidas protecionistas. Países como Alemanha, França e Itália criticaram as novas tarifas por suas potenciais consequências adversas, uma vez que podem levar a recessões e danos significativos à economia global.
O Brasil não ficou de fora desse cenário, com a aprovação de uma lei de reciprocidade econômica como resposta às tarifas. Essas iniciativas buscam minimizar os impactos negativos dessas decisões americanas. A resposta da comunidade global é uma demonstração clara de como as economias estão se mobilizando diante da incerteza que essas tarifas criam.
Enquanto Trump defende suas estratégias como benéficas para os Estados Unidos, especialistas divergem e (sem entrar em meandros complexos) alertam que tais políticas podem potencialmente resultar no aumento da inflação e desaceleração da economia global. A situação se torna cada vez mais instável, com diversas nações em busca de novos parceiros comerciais para contornar os efeitos das tarifas e, assim, buscar alternativas que ajudem a suavizar a crise anunciada.
A medida é um reflexo das tensões comerciais que têm se intensificado nos últimos anos. Ao invés de uma harmonia internacional, as tarifas de Trump inauguram um novo capítulo na relação econômica entre potências, que poderia resultar em consequências de longo alcance.