A Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre 1997 e 2012, se destaca como a geração que, apesar dos desafios financeiros atuais, está a caminho de se tornar a mais rica da história. De acordo com um estudo recente do Bank of America, a Grande Transferência de Riqueza dos baby boomers para a Geração Z pode redefinir a economia global até 2035.
Atualmente, os membros da Geração Z enfrentam um cenário econômico desafiador, especialmente nos Estados Unidos. Muitos deles vivem de salário em salário, lutando para pagar aluguéis exorbitantes que consomem uma parte significativa de seus rendimentos. Para contornar essa situação, alguns têm adotado dietas de baixo custo, como o consumo de macarrão instantâneo, e aceitado empregos que estão aquém de suas qualificações, em meio a um mercado de trabalho incerto e marcado por altas taxas de desemprego e subemprego.
O fator que pode transformar a realidade econômica da Geração Z é a Grande Transferência de Riqueza. O estudo do Bank of America revela que cerca de US$ 84 trilhões devem ser transferidos das gerações mais velhas para a Geração Z até 2045, com 38% desse grupo sendo beneficiários de heranças substanciais. Essa transferência promete não apenas aumentar a riqueza individual, mas também terá impactos significativos sobre a economia global.
À medida que a Geração Z se enriquece, ela também está pronta para mudar a dinâmica do consumo global. Seus hábitos de gasto diferem substancialmente dos das gerações anteriores, com uma preferência crescente por experiências em detrimento de produtos materiais. As projeções indicam que, até 2030, os gastos globais dessa geração podem alcançar impressionantes US$ 12,6 trilhões, um crescimento considerável em relação aos US$ 2,7 trilhões estimados para 2024.
Outro aspecto notável da Geração Z é sua relação com a tecnologia e a busca por bem-estar. Com uma forte afinidade por fintechs e inovações tecnológicas, essa geração está moldando qual tipo de negócio prosperará nos próximos anos. O envolvimento da Geração Z com a tecnologia também sugere que a forma como consumimos e interagimos com as marcas mudará substancialmente, redefinindo assim o que significa ser um consumidor moderno.
Com sua influência econômica crescendo, a Geração Z está em uma posição única para modificar os paradigmas de consumo e moldar o futuro da economia global. A evolução de suas circunstâncias financeiras nos próximos anos pode não somente beneficiar os indivíduos, mas também alterar a maneira como os mercados operam, refletindo a nova realidade econômica da era digital.