Em uma decisão polêmica, a administração Trump designou Lew Olowski, um advogado de segurança nacional com apenas quatro anos de experiência no serviço exterior, como o novo responsável pela supervisão da força de trabalho global do Departamento de Estado. Esta nomeação ocorre em um contexto em que o presidente Donald Trump busca efetuar uma redução substancial na força de trabalho federal, assim como reformular a estrutura do corpo diplomático americano para se alinhar à sua filosofia de políticas "America First".
Embora Olowski tenha atuado como conselheiro sênior no Departamento de Segurança Interna durante a primeira gestão de Trump, sua escolha para liderar o Bureau de Gestão de Talentos Globais foi recebida com surpresa por muitos membros do Departamento de Estado. Tradicionalmente, essa posição é ocupada por veteranos do serviço exterior, como embaixadores com décadas de experiência no campo.
A nomeação de Olowski instigou uma onda de críticas dentro da comunidade diplomática. A Associação Americana do Serviço Exterior expressou sua preocupação, comparando a decisão à colocação de um oficial militar júnior no comando do sistema de pessoal do Pentágono. Essa analogia sublinha a percepção de que a lealdade política está sendo privilegiada em detrimento da experiência e da tradição que caracterizam o serviço diplomático.
Além de sua escassa experiência diplomática, Olowski também é associado a publicações conservadoras, tendo contribuído para o site The Daily Caller, ligado a Tucker Carlson. Essa conexão acentua os temores de que a administração esteja moldando o corpo diplomático dos EUA de acordo com uma visão política específica, o que levanta questões sobre a independência e a eficácia das operações diplomáticas futuras.
A designação de Olowski pode resultar em mudanças significativas para o futuro do serviço exterior dos EUA. Analistas locais preveem que essa movimentação poderá alterar as dinâmicas internas do Departamento de Estado e afetar a percepção internacional do país. Com a resistência já manifestada por parte de alguns membros da corporação, está claro que a implementação de reformas abrangentes poderá enfrentar desafios consideráveis, já que a administração procura consolidar suas políticas e objetivos no cenário diplomático.
À medida que o embate continua, a comunidade internacional observa com atenção como tais decisões impactarão as relações exteriores dos Estados Unidos e sua imagem global.