A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, lançou um alerta contundente sobre as tentativas de desmonte do processo democrático no Brasil. As declarações vêm em meio a um contexto de instabilidade política, acentuado pelas invasões aos Três Poderes em Brasília em janeiro de 2023. Cármen Lúcia enfatizou que o país enfrenta um esforço deliberado para lacrar as vias democráticas, especialmente após a crescente polarização política.
Com a Primeira Turma do STF formando maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado, Cármen Lúcia destacou a gravidade das acusações. A Procuradoria-Geral da República (PGR) levantou a possibilidade de um conluio entre essas figuras para implementar ações antidemocráticas e desestabilizar as instituições.
A ministra Cármen Lúcia sublinhou a crucial função da Justiça Eleitoral na proteção das liberdades democráticas no Brasil. Ela ressaltou que a atuação contínua dessa instituição é fundamental para a realização de eleições justas e para a salvaguarda do direito ao voto dos cidadãos. Segundo Cármen Lúcia, "a democracia demanda um esforço coletivo, envolvendo não apenas o governo, mas cada brasileiro e a totalidade das instituições".
Frente a este panorama inquietante, a ministra alertou para a necessidade urgente de preservar as liberdades e promover a informação precisa, evitando narrativas manipuladoras que possam incitar a violência. "A Justiça não é apenas uma máquina fria; ela deve ser um serviço às pessoas", afirmou Cármen Lúcia, reforçando a ideia de que as tecnologias devem incluir uma dimensão humana e ética.
A expectativa é que os próximos procedimentos judiciais ajudem a esclarecer as responsabilidades dos envolvidos e a fortalecer as instituições democráticas do Brasil. A luta pela democracia continua a ser uma tarefa que requer vigilância constante e participação ativa da sociedade.