A oposição, liderada pelo Partido Liberal (PL), busca acelerar a votação do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro em uma reunião crucial prevista para esta terça-feira (1º) na Câmara dos Deputados. O encontro terá a presença do líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, com participação de parlamentares de diversos partidos.
Com o apoio de sete partidos além do PL, incluindo PSD, Progressistas, União Brasil, Republicanos, Podemos, PSDB e Novo, Cavalcante assegura cerca de 310 votos favoráveis, ressaltando a importância de pressionar pela votação imediata da proposta. Para a aprovação do projeto, são necessários os votos de pelo menos 257 deputados, o que torna a reunião de hoje um ponto determinante.
Uma vez que o requerimento de urgência for aprovado, a matéria poderá ser discutida diretamente no plenário da Câmara, sem a necessidade de passar por uma comissão especial. Entretanto, Hugo Motta ainda não se manifestou se irá pautar a proposta, gerando expectativa e preocupação entre os líderes partidários.
A proposta de anistia enfrenta críticas intensas, principalmente de parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Estes argumentam que a anistia pode favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa possibilidade de questionamento no STF adiciona um elemento de incerteza ao futuro do projeto.
Os próximos passos dependem da reunião desta terça-feira. A oposição ameaça obstruir a pauta da Câmara caso a anistia não seja incluída na agenda legislativa, sinalizando um aumento da pressão política sobre o presidente da Câmara.