Um incidente recente gerou grande repercussão ao expor planos militares confidenciais da administração Trump, revelados acidentalmente a um jornalista. O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi incluído por engano em um grupo de mensagens no aplicativo Signal, onde altos funcionários discutiam ataques iminentes contra os rebeldes huthis no Iêmen. As mensagens, que continham detalhes sobre alvos, armas e a sequência dos ataques realizados em 15 de março, foram recebidas por Goldberg algumas horas antes dos ataques, embora ele tenha optado por não divulgá-las.
Os ataques contra os huthis integram uma campanha militar contínua dos EUA, motivada por recentes agressões a navios no Mar Vermelho. Tais ações tiveram um impacto significativo no tráfego marítimo global, obrigando mudanças dispendiosas nas rotas de navegação para evitar a área de conflito.
Em resposta ao vazamento, a Casa Branca minimizou a situação, qualificando-a como um "engano operacional" sem implicações na segurança. Contudo, o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, solicitou uma investigação abrangente sobre o caso, chamando-o de uma das "mais surpreendentes violações à inteligência militar" que já presenciou.
Além da revelação dos planos, as mensagens expuseram críticas diretas ao ex-presidente Joe Biden e à Europa. O vice-presidente JD Vance manifestou suas dúvidas sobre as operações, declarando que "odiava resgatar a Europa novamente", enquanto Pete Hegseth chamou a situação de "patética", refletindo as tensões persistentes entre os EUA e seus aliados europeus em questões de segurança regional. A situação levanta questionamentos sobre a colaboração transatlântica e a eficácia da estratégia militar dos EUA.