Em um dia que promete ser marcante para a história brasileira, Ivo Herzog e Hildegard Angel, filhos de vítimas notórias da ditadura militar, estiveram presentes no julgamento sobre as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), realizado em 25 de março de 2025, em Brasília.
a presença de Herzog e Angel no plenário da Primeira Turma do STF reforça a necessidade de justiça no contexto das injustiças cometidas durante os anos de repressão. Os filhos de Vladimir Herzog e Zuzu Angel, ambos símbolos da resistência, sentaram-se na primeira fila, lado a lado com outros familiares de vítimas e autoridades do país, demonstrando seu compromisso em garantir que os erros do passado não sejam repetidos.
Ivo Herzog é filho de Vladimir Herzog, um jornalista assassinado em 1975 pelas forças da repressão, em um episódio inicialmente encoberto após ser declarado suicídio. Sua mãe, Zuzu Angel, uma estilista de renome, também teve seu destino selado pelo regime militar após a morte suspeita de seu filho, Stuart Edgard Angel, em 1976. Ambos os casos exemplificam a brutalidade da ditadura e a luta incessante por justiça.
O julgamento em questão representa uma potencial transformação de Jair Bolsonaro em réu devido a alegações de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As acusações levantadas contra Bolsonaro sinalizam uma nova fase na luta por accountability e verdade em um Brasil que ainda busca reparar os danos deixados pela ditadura.
A presença de pessoas como Ivo e Hildegard, que carregam nas suas histórias a dor e a luta de gerações passadas, é fundamental para lembrar que a justiça não é apenas uma questão de passado, mas também de futuro. A luta pela verdade e pela justiça continua, e é essencial que cada novo passo dado nesse caminho seja acompanhado de perto pela sociedade.
Aguardando a decisão do STF, a expectativa é de que o julgamento atenda às demandas de justiça não apenas das famílias de Herzog e Angel, mas de todos que sofreram sob a repressão ditatorial. Repetir as anistias equivocadas do passado não é uma alternativa; ao contrário, é a hora de construir um Brasil onde os crimes contra os direitos humanos sejam finalmente reconhecidos e punidos.