Em meio a turbulências econômicas globais, a ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, reafirmou que o governo britânico se manterá firme em suas regras fiscais. Em entrevista à Sky News, realizada no último domingo, Reeves enfatizou a importância da responsabilidade fiscal, assegurando que o governo trabalhará para equilibrar os gastos diários com a receita tributária até o final da década.
A economia britânica, entretanto, enfrenta sérios desafios. O crescimento econômico é lento e os custos de empréstimos estão mais altos do que o esperado, forçando o governo a adotar medidas rigorosas. Como parte de sua estratégia para atingir as metas fiscais, o governo já anunciou cortes anuais de £5 bilhões em benefícios sociais e a redução de 10.000 postos no serviço público. Além disso, as operações do governo podem ser reduzidas em 15%, o que representa uma economia superior a £2 bilhões por ano.
Em relação ao futuro fiscal do país, Reeves declarou que não haverá aumento de impostos no próximo anúncio de primavera, reafirmando seu comprometimento com as restrições fiscais já estabelecidas. O governo estuda, ainda, a possibilidade de abolir o imposto sobre serviços digitais, principalmente para manter uma boa relação comercial com os Estados Unidos. Apesar dessas medidas, a ministra advertiu que o orçamento voltado para a defesa e para o Serviço Nacional de Saúde (NHS) deverá ser aumentado, enquanto outros departamentos poderão enfrentar cortes significativos de até 11%.
No entanto, Reeves enfrenta resistência crescente em relação às suas propostas, especialmente as que envolvem cortes nos benefícios de incapacidade, gerando preocupações sobre o impacto social dessas decisões. As medidas de austeridade e o compromisso em manter as regras fiscais levarão a uma análise crítica sobre como o governo lidará com as pressões econômicas e as expectativas da população. O cenário econômico permanece desafiador, e o caminho à frente será fundamental para moldar o futuro fiscal do Reino Unido.