O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a assinar uma ordem executiva visando o fechamento do Departamento de Educação dos EUA. Essa iniciativa, programada para a quinta-feira, representa uma continuidade de suas promessas de campanha, onde o presidente tem se posicionado contra a agência, caracterizando-a como "desperdiçadora" e "poluída por ideologia liberal". A ordem executiva solicitou à secretária de Educação, Linda McMahon, que tome todas as medidas necessárias para facilitar o encerramento do departamento, assegurando ao mesmo tempo a devolução da autoridade educacional aos estados e a manutenção dos serviços e programas existentes.
Trump tem sido um crítico contumaz da atuação do Departamento de Educação, alegando que a entidade interfere indevidamente em temas que, segundo ele, deveriam ser resolvidos por estados e escolas locais. Ao longo das últimas décadas, a proposta para fechar o departamento ganhou atenção no seio do Partido Republicano, que vê na sua extinção uma oportunidade de combater o que consideram um desperdício de dinheiro público. Além disso, a crescente pressão de grupos conservadores de pais, que pedem maior controle sobre a educação de seus filhos, tem contribuído para o aumento da aceitação dessa proposta.
No entanto, mesmo com a determinação de Trump em avançar com esse fechamento, a extinção de uma agência federal implica em obstáculos significativos, uma vez que requer a aprovação do Congresso. Em 2023, uma emenda que visava o fechamento do departamento foi rejeitada, somando força ao voto de 60 republicanos que se uniram aos democratas na oposição. Assim, a realização do plano de Trump provavelmente enfrentará consideráveis desafios legais e políticos.
O Departamento de Educação desempenha um papel fundamental na administração de bilhões de dólares em financiamento para escolas e universidades, além de supervisionar aproximadamente 1.6 trilhões de dólares em empréstimos estudantis federais. A dissolução do departamento poderia ter um impacto drástico na educação pública, especialmente para estudantes de baixa renda, que dependem de programas federais, como os oferecidos pelo Title I e o McKinney-Vento.
A proposta de fechamento do departamento é encarada como um movimento significativo em direção à descentralização da autoridade educacional. Entretanto, educadores e legisladores que fechem a importância do departamento estão prontos para se opor à medida. A secretária McMahon já reconheceu a necessidade de apoio legislativo para que o fechamento se concretize, ao mesmo tempo em que o departamento continuará a gerenciar programas essenciais para estudantes desfavorecidos, conforme salientado por ela.