O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a assinar uma ordem executiva que pode marcar o início do processo de fechamento do Departamento de Educação do país. A decisão, que pode ser anunciada ainda nesta quinta-feira, integra um esforço mais amplo para reduzir o tamanho do governo federal, uma promessa central da sua administração. Segundo Trump, é fundamental que os estados assumam o controle sobre a educação, com a proposta de transferir programas federais para outras agências.
A crítica de Trump ao Departamento de Educação não é recente. Ao longo de sua campanha eleitoral, ele frequentemente ressaltou a necessidade de "drenar o pântano educacional", argumentando que a intervenção federal representa um excesso no que diz respeito à educação. Essa ideia de desmantelar o departamento, embora reiterada, enfrenta uma significativa resistência no Congresso e entre a população em geral, que se opõe a essa medida.
No âmbito da administração, uma redução recente da força de trabalho do Departamento de Educação em quase 50% já foi anunciada, o que muitos veem como um passo preliminar para a total extinção da agência. A Secretária de Educação, Linda McMahon, confirmou que o departamento está implementando uma grande redução em sua equipe, o que gerou controvérsias. Muitos cidadãos americanos se manifestam contra a ideia de fechamento, considerando a educação uma questão fundamental que exige supervisão federal.
Entretanto, mesmo que a ordem executiva seja assinada, a abolição efetiva do Departamento de Educação dependerá da aprovação legislativa. Atualmente, o Congresso, controlado pelos republicanos, pode ter dificuldades em reunir apoio amplo para essa iniciativa, diante da expressiva oposição pública. Pesquisas recentes indicam que aproximadamente dois terços dos americanos são contra o fechamento do departamento, revelando uma divisão acentuada na opinião pública sobre o futuro da educação nos Estados Unidos.
As implicações dessa decisão são vastas e repercutem em diversas áreas, incluindo financiamento e regulamentação de escolas, programas de auxílio estudantil e política educacional em geral. À medida que o debate avança, o futuro do Departamento de Educação permanecerá como uma questão central nos próximos desdobramentos políticos e legislativos.