No dia 20 de março de 2025, o parlamento indonésio aprovou emendas controversas à lei militar, que permite a oficiais militares ativos ocuparem cargos civis sem a necessidade de aposentadoria prévia. A decisão provocou intensos protestos em diversas cidades do país, levando a críticas sobre o possível aumento da influência militar na governança civil.
A revisão das disposições da lei de 2004 do Exército Nacional Indonésio (TNI) marca uma expansão significativa nas operações militares, que agora incluem funções em áreas não relacionadas diretamente a conflitos armados, como gestão de crises e desenvolvimento de infraestrutura. Essa mudança é recebida por muitos como um retrocesso democrático, uma vez que a legislação original visava limitar a participação militar na política e em assuntos civis.
As manifestações contra as emendas cresceram rapidamente, refletindo a antipatia popular em relação ao aumento do poder militar na sociedade. Participantes das protestos argumentam que essa nova medida compromete a estrutura democrática da Indonésia, temendo que a separação entre as instituições militares e civis se torne ainda mais tênue. A oposição política no país também levantou vozes contra o que vêem como uma erosão da governança civil.
O impacto político dessas alterações é profundo, alterando o equilíbrio de poder no governo indonésio. A presença crescente de militares em cargos civis pode ter repercussões nos processos de decisão política e econômica, com possibilidades de afetar a estabilidade democrática da nação. A comunidade internacional observa de perto esses desenvolvimentos, preocupando-se com as possíveis consequências para a democracia na região.