No centro de uma polêmica crescente no cenário político brasileiro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, classificou de "infeliz" a declaração do senador Plínio Valério (PSDB-AM) sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. As críticas de Alcolumbre surgiram após Valério sugerir durante um evento no Amazonas que gostaria de "enforcar" a ministra, uma expressão considerada incitadora de violência.
A declaração de Plínio Valério foi feita em 14 de março de 2025, enquanto o senador participava de um encontro na Fecomércio-AM. Ele comentou que não conseguiria tolerar Marina Silva nem por seis horas, referindo-se a uma audiência na CPI das ONGs. A fala chocou muitos, e Marina Silva rebatendeu indicando que tais palavras constituem uma incitação à violência contra as mulheres, chamando Valério de "psicopata".
Davi Alcolumbre, embora tenha suas diferenças ideológicas com Marina Silva, se posicionou a favor da ministra. Em suas palavras, Alcolumbre enfatizou a necessidade de responsabilidade nas falas de figuras públicas, alertando que comentários desse tipo podem incitar violências indesejadas.
Logo em seguida, Plínio Valério se defendeu afirmando que sua declaração era uma "brincadeira" e que, apesar de não se arrepender do que disse, reconhece que não a faria novamente. O senador também expressou seu descontentamento com a crítica pública de Alcolumbre, sugerindo que o presidente deveria ter abordado a questão em particular ao invés de expô-lo ao escrutínio público.
A situação não apenas embaraçou o senador, mas também trouxe à tona as divisões sobre questões ambientais dentro do Senado. Marina Silva é uma das principais vozes contra a exploração de combustíveis fósseis no Brasil, posição que contrasta fortemente com a de Alcolumbre, que defende a exploração petrolífera na Margem Equatorial. Esta polêmica revela como as tensões políticas acerca das políticas ambientais se intensificam, especialmente considerando o apoio do presidente Lula à exploração de petróleo, ampliando o debate sobre o futuro das questões ambientais no país.
Com as relações dentro do Senado à beira de um colapso em meio a assuntos tão controversos, o incidente reforça a necessidade urgente de um diálogo mais respeitoso e construtivo entre os representantes políticos, especialmente em temas que afetam diretamente o futuro do Brasil.