O governo federal, dirigido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem adotado uma postura firme em relação ao acesso a armas de fogo no Brasil. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou um conjunto de oito ações proposto pela Advocacia-Geral da União (AGU) com o intuito de revogar legislações estaduais e municipais que facilitavam o porte de armas para Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) e outras classes.
As iniciativas do governo buscam assegurar que a regulamentação do porte de armas siga um padrão uniforme em todo o Brasil, em conformidade com o Estatuto do Desarmamento. A AGU sustentou que as leis estaduais em questão infringem essa norma federal, ao expandir de forma indevida o acesso às armas e comprometendo a segurança da população.
Os estados impactados por essa decisão incluem Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Alagoas, o Distrito Federal, Minas Gerais e o Espírito Santo. A mais recente revogação se deu em relação a uma lei de Roraima que permitia o porte de armas para atiradores desportivos.
Os CACs não têm garantia automática do direito ao porte de arma, exceto em circunstâncias específicas, como o transporte de armas para atividades de treinamento ou competições, conforme regulamentação da Portaria 150 do COLOG. Assim, as legislações estaduais que foram revogadas tentavam ampliar esse direito, que foi considerado inconstitucional pelo STF.
Além disso, o governo de Lula revogou decretos anteriores que facilitavam o acesso a armas e lançou um novo decreto em julho de 2023, que impôs restrições ainda mais rigorosas tanto para a posse quanto para o porte de armas. Recentemente, um novo decreto apresentou certa flexibilização nas regras voltadas aos CACs, mas com ênfase contínua na segurança e no controle rigoroso do acesso a armamentos.
As decisões do STF suscitaram um intenso debate acerca da segurança pública e dos direitos individuais. O governo insinua que essas medidas são vitais para a proteção da sociedade, enquanto críticos contra-argumentam que essas restrições infringem a liberdade dos cidadãos.
Para uma melhor compreensão das repercussões dessas modificações, é crucial refletir sobre o panorama atual do controle de armas no Brasil e o impacto vivido por diversos grupos, incluindo CACs e profissionais da segurança.