O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, decidiu tomar medidas judiciais contra o deputado federal Gustavo Gayer, do Partido Liberal (PL), acionando o Supremo Tribunal Federal (STF) devido a ataques considerados ofensivos e difamatórios direcionados à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Essa ação se desenrola após Gayer realizar declarações desrespeitosas em suas redes sociais, onde comparou a ministra a uma "cafetina" e insinuou a formação de um "trisal" entre ele, Gleisi e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Os ataques promovidos por Gayer ocorreram após uma declaração do presidente Lula, que fez referência à escolha de uma "mulher bonita" para ocupar o cargo de ministra. Gayer distorceu essa fala, insinuando que Lula utilizaria Gleisi como um meio de negociação política. Em defesa de Gleisi, Lindbergh reagiu, chamando Gayer de "vagabundo" e "canalha".
Além de registrar a queixa-crime no STF, Lindbergh Farias também apresentou uma representação ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Essas ações visam responsabilizar Gayer pelos crimes de injúria e difamação, com um pedido para que o deputado seja proibido de mencionar as autoridades ofendidas em suas redes sociais. Lindbergh requer ainda que, em caso de condenação, a pena seja triplicada, conforme estipulado pelo Código Penal para crimes cometidos em plataformas digitais.
As declarações de Gayer tiveram grande repercussão política, gerando uma reação forte entre os membros do Partido dos Trabalhadores. As bancadas femininas do PT, tanto na Câmara como no Senado, publicaram uma nota onde condenam as ofensas misóginas. Em resposta a esses eventos, o PT planeja abrir um processo de cassação do mandato de Gayer no Conselho de Ética da Câmara, fundamentando a solicitação na quebra do decoro parlamentar praticada pelo deputado.
Se for condenado, Gayer poderá enfrentar penas severas por difamação e injúria, que variam de três meses a um ano de detenção, dependendo da gravidade das ofensas. A possibilidade de aplicação do triplo da pena, conforme pleiteado por Lindbergh, pode resultar em penas bastante elevadas. Essas ações judiciais são um reflexo não apenas das tensões políticas atuais no Brasil mas também da necessidade de responsabilização dos parlamentares por declarações que podem ser consideradas ofensivas.
Para mais atualizações sobre este caso, é recomendado que os interessados acompanhem as redes sociais e os principais veículos de notícias.