O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou suas intenções de candidatar a esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), a uma vaga no Senado. Além disso, seus filhos Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente deputado federal, e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que buscará a reeleição, também estão nos planos políticos da família. Bolsonaro ainda mencionou que Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro, e Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador em Balneário Camboriú, poderão ser candidatos a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Durante uma entrevista ao podcast "Flow" na última sexta-feira (14), o ex-chefe do Executivo expressou: "A Michelle, o pessoal gosta. Ela é mulher, evangélica, fala bem". O plano inclui Michelle como candidata ao Senado, Eduardo representando São Paulo, Flávio pelo Rio e Carlos buscando a federalização após oito mandatos como vereador. Além disso, Jair Renan, que está indo bem como vereador, também é mencionado como uma possível adição à Câmara dos Deputados.
A discussão sobre as candidaturas voltou à tona esta semana, após Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, reavivarem os diálogos, especialmente com a recente revogação das medidas restritivas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O nome de Michelle já havia sido considerado como candidata ao Senado pelo Distrito Federal antes dessa conversa.
Ao longo da entrevista, o ex-presidente fez uma comparação da popularidade de Michelle com a do cantor Gusttavo Lima, que recentemente expressou interesse na política. "[A Michelle] é parecida com o Gusttavo Lima no tocante à popularidade. O pessoal gosta do Gusttavo Lima. Então, se você não tiver uma certa simpatia, nem adianta se candidatar", afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro também comentou sobre um levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, que foi encomendado pelo PL e divulgado em fevereiro deste ano. Esse estudo mostra que a ex-primeira-dama, assim como o ex-presidente, está à frente do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um possível segundo turno. "Tem uma pesquisa do Paraná, há uns 40 dias, que colocava ela na frente do Lula. Se bem que bater no Lula hoje em dia não é novidade para mais ninguém, é bater em bêbado", declarou o ex-presidente.
No cenário apresentado, Michelle aparece com 42,9% das intenções de voto, enquanto Lula teria 40,5%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, o que indica que há um empate técnico entre os dois.