Parece que o fenômeno dos smartwatches está passando por uma desaceleração inesperada. Um dos principais responsáveis por essa tendência negativa é o Apple Watch, que registrou uma diminuição nas vendas, enquanto seus concorrentes não conseguiram aproveitar essa queda. É o que revela uma nova pesquisa de mercado realizada pela Counterpoint e divulgada pela BBC.
De acordo com o estudo, as vendas de relógios inteligentes caíram 7% em 2024 em comparação com o ano anterior. No mesmo período, o Apple Watch viu suas vendas encolherem 19%. Este diferencial levanta questões sobre a evolução e o apelo dos produtos nesta categoria.
Conforme Anshika Jain, analista sênior da Counterpoint, “o maior impulsionador da queda foi a América do Norte, onde a ausência do Apple Watch Ultra 3 e atualizações mínimas na linha 10 fizeram com que os consumidores hesitassem em adquirir novos modelos”.
A expectativa por um novo modelo de alta gama e as novidades limitadas apresentadas com o Apple Watch 10 parecem ter contribuído para um desinteresse crescente entre os consumidores. Além disso, essa linha enfrentou restrições de vendas e importações devido a problemas relacionados a patentes sobre o recurso de monitoramento de oxigênio no sangue, também mencionado como uma razão que afetou as vendas.
Leo Gebbie, analista da CCS Insight, observa que “passamos por um período em que o smartwatch deixou de ser um gadget inovador para se tornar um produto em estabilização; a evolução dos recursos não está mudando de forma significativa a cada ano”.
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Embora o total de vendas de smartwatches tenha diminuído em relação aos anos anteriores, marcas chinesas como Xiaomi e Huawei experimentaram um crescimento notável. Na China, as vendas aumentaram de 19% para 25% durante o mesmo período, fazendo com que o país superasse a Índia e os Estados Unidos, conforme indicado pelo relatório da Counterpoint.
Esse crescimento pode ser atribuído a um novo segmento identificado no mercado: os relógios inteligentes voltados para crianças, que estão se tornando uma preferência entre os pais preocupados com a segurança e o monitoramento dos filhos. Balbir Singh, da Counterpoint, afirma: “o segmento de relógios inteligentes para crianças está se consolidando, visto que os pais desejam rastrear e manter contato constante com seus filhos”.
Além disso, o sucesso das pulseiras inteligentes da Xiaomi é digno de nota, já que a empresa tem se destacado em comercializar esses dispositivos, principalmente em regiões como o sul e o leste da Europa, onde a acessibilidade é um aspecto valorizado pelos consumidores.
O relatório também sugere que o mercado de smartwatches pode retomar sua trajetória de crescimento em 2025, impulsionado pela demanda por recursos de inteligência artificial e uma gama mais ampla de funcionalidades relacionadas à saúde, como dispositivos que possibilitam a medição da pressão arterial dos usuários.
Com essa nova dinâmica, o setor de wearables pode estar se preparando para um renascimento, caso as empresas consigam atender às novas necessidades e expectativas dos consumidores. Acompanhe essas novidades e participe da discussão: será que estamos realmente vendo o fim do ‘boom’ dos smartwatches ou é apenas uma fase de adaptação?