A deputada federal Sâmia Bomfim, do PSOL de São Paulo, recorreu ao Ministério Público do Estado de São Paulo na última quarta-feira, 12 de março de 2025, em relação à cantora Baby do Brasil. A parlamentar argumenta que assistiu a um vídeo onde a artista faz um discurso durante um evento chamado "Frequência com Deus", o qual, segundo Bomfim, teria um caráter "religioso com potencial violação a direitos difusos e coletivos".
De acordo com Sâmia, Baby do Brasil teria sugerido que as vítimas de abuso sexual perdoassem seus agressores. Em seu ofício, ela enfatiza que, "por essa razão, tal discurso, proferido em ambiente público e amplamente divulgado nas redes sociais, a nosso rigor, ultrapassa os limites da liberdade religiosa e de expressão, uma vez que não se restringe à orientação espiritual individual, mas incita conduta que pode resultar na impunidade de crimes graves, favorecendo abusadores e desconsiderando o impacto psicológico e físico das violências sofridas pelas vítimas".
Além disso, a deputada manifestou sua indignação pelas redes sociais, onde classificou o discurso de Baby do Brasil como "deplorável". "Em um episódio deplorável, Baby do Brasil pediu a vítimas de abuso sexual que perdoassem seus abusadores", afirmou a parlamentar em sua publicação.
Em resposta à situação, o Ministério Público do Estado de São Paulo divulgou uma nota informando que a promotoria de Justiça de Direitos Humanos está avaliando o caso. A CNN também se manifestou em busca de comentários da assessoria de Baby do Brasil, mas ainda aguarda uma resposta.