A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal promoverá um importante debate nesta quinta-feira (13), com a presença de ex-presidentes do colegiado, a fim de discutir a recente taxação do aço e do alumínio imposta pelo governo americano de Donald Trump. O evento contará com a participação de figuras significativas como o ex-presidente José Sarney e os ex-senadores Eduardo Suplicy, Heráclito Fortes, Eduardo Azeredo, Cristovam Buarque, Kátia Abreu e Aloysio Nunes.
Essa iniciativa é liderada pelo atual presidente da CRE, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS). A intenção do encontro é elaborar estratégias que possam ser direcionadas ao Itamaraty para lidar com as tarifas que o governo dos Estados Unidos está implementando.
As tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio para os EUA foram anunciadas pela Casa Branca e entraram em vigor à meia-noite desta quarta-feira (12). A medida afeta todos os países, sem exceções. O Brasil, sendo o segundo maior fornecedor de aço e ferro aos Estados Unidos, se vê em uma situação complicada devido a essa nova política comercial. Em 2024, os americanos importaram cerca de US$ 4,677 bilhões (aproximadamente R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do setor.
Esses números demonstram a importância do Brasil no mercado americano, especialmente considerando que, historicamente, o país tem uma participação significativa no fornecimento de produtos de aço e ferro. O debate na CRE, portanto, se torna não apenas relevante por conta das tarifas, mas também pela necessidade de discutir as relações comerciais do Brasil com seus aliados e concorrentes.
No encontro, além de discutir as tarifas de Trump, os ex-presidentes também se concentrarão em ampliar e fortalecer as relações diplomáticas do Brasil, buscando assim uma presença mais robusta do país em fóruns internacionais. A avaliação de como essas tarifas impactam as relações comerciais e a necessidade de estratégias de negociação junto ao governo dos EUA serão tópicos centrais das discussões.
A expectativa é que os ex-presidentes da CRE proponham soluções que não apenas visem mitigar os impactos negativos da taxação, mas também fortaleçam a posição do Brasil nas negociações internacionais. A busca por um diálogo eficaz com o governo americano e a exploração de possíveis colaborações são fundamentais nesse contexto. O entendimento das relações entre o Brasil e seus principais parceiros comerciais também fará parte dos debates.
Os comentários de líderes como o Vice-Presidente Geraldo Alckmin, que disse: "Nós vamos procurar o governo dos EUA e negociar", refletem a urgência e a seriedade do assunto. O presidente Lula também se posicionou, afirmando: "Não quero ser um Trump, nem Milei, tenho um bom governo", indicando sua intenção de abordar a política externa sob uma perspectiva diferente.
O encontro na Comissão de Relações Exteriores é, portanto, um crucial ponto de partida para a formulação de uma resposta brasileira às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Com um time de ex-presidentes experientes, as discussões prometem ser ricas e produtivas, visando sempre o aprimoramento das relações comerciais do Brasil no cenário internacional.
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