O paracetamol é um dos analgésicos e antitérmicos mais amplamente utilizados em todo o mundo, sendo geralmente considerado seguro quando administrado em doses adequadas. No entanto, seu uso inadequado pode resultar em consequências graves, incluindo efeitos colaterais potencialmente fatais.
Embora a maioria das pessoas o tolere bem ao seguir as orientações de dosagem, algumas podem apresentar reações alérgicas raras, mas severas, como anafilaxia. Entre os sinais de uma reação alérgica intensa estão inchaço súbito dos lábios, garganta ou língua, dificuldade respiratória, desmaios e erupções cutâneas com coceira e bolhas. Ao observar qualquer um desses sintomas, é crucial buscar atendimento médico imediatamente.
O uso excessivo de paracetamol pode levar à hepatite medicamentosa, uma condição que pode resultar em insuficiência hepática. O risco de hepatotoxicidade aumenta significativamente quando o medicamento é ingerido em doses superiores à máxima recomendada, que é de quatro gramas diárias para adultos. A superdosagem pode ocorrer acidentalmente, especialmente quando diferentes produtos contendo paracetamol são combinados desconsiderando as orientações.
Além disso, pessoas que consomem álcool regularmente ou que apresentam patologias hepáticas preexistentes estão em maior risco. Durante a pandemia de covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um aviso ressaltando a importância do uso correto do paracetamol, especialmente após a vacinação. As recomendações da agência são: "O uso do medicamento deve ser feito com cautela, sempre observando a dose máxima diária e o intervalo entre as doses, conforme as recomendações contidas na bula, para cada faixa etária."
Considerando isso, as doses máximas recomendadas variam conforme a idade:
Um estudo publicado na revista Circulation revelou que o paracetamol pode elevar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes hipertensos. Portanto, é recomendado que indivíduos com histórico de doenças cardíacas ou hipertensão utilizem o fármaco somente sob supervisão médica, sempre respeitando as dosagens adequadas, pois há um aumento de 20% no risco de infarto ou derrame para esse grupo.
Os idosos também devem ter cautela ao usar paracetamol, uma vez que existe uma relação entre o uso prolongado do medicamento e o aumento das complicações digestivas, como úlceras e hemorragias, além de um ligeiro crescimento do risco de insuficiência renal crônica. É essencial que essa faixa etária faça uso do medicamento sob acompanhamento médico, especialmente se já sofrem de doenças digestivas ou renais.
O paracetamol deve ser evitado ou utilizado com extrema cautela em diversas circunstâncias, tais como:
É vital nunca ultrapassar a dose máxima sugerida e evitar a combinação de diferentes medicamentos que contenham paracetamol sem supervisão profissional. Apesar dos riscos, é importante ressaltar que o paracetamol continua a ser um remédio eficaz e seguro quando utilizado corretamente.
Para mais informações sobre saúde e segurança no uso de medicamentos, fique atento às notícias e compartilhe suas dúvidas ou experiências nos comentários abaixo. Isso pode ajudar outros a entender melhor o uso do paracetamol e suas implicações.