A Polícia Federal (PF) ainda não apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a análise complementar das provas relacionadas a uma alegada tentativa de golpe em território nacional. Contudo, segundo informações obtidas pela CNN, a avaliação preliminar indica que as novas evidências não interferem no andamento da denúncia realizada pela Procuradoria Geral da República (PGR).
O processo envolve 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e militares. A PF deixou de classificar o material como um relatório adicional, especialmente após a PGR ter formalizado a denúncia com base nos dados já disponíveis na investigação.
Segundo a PF, não há a intenção de lançar um novo relatório, mas sim de fornecer uma análise complementar do caso. Fontes da corporação destacam que a entrega de tais informações não é uma prioridade, visto que as conclusões mais relevantes já estariam nas mãos do Judiciário. Essa situação tem gerado críticas por parte dos investigados, que alegam falta de transparência.
A denúncia da PGR é fundamentada em um relatório de investigação finalizado pela PF em 21 de novembro de 2024. Com a descoberta de novos elementos e apreensões durante a apuração, a PF se viu na necessidade de apresentar complementos. A operação chamada Contragolpe, realizada em 19 de novembro, tinha como alvo um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras figuras políticas, resultando na apreensão de diversas conversas e áudios que ainda estão sob análise.