O Paraguai anunciou a retirada da candidatura do chanceler Rubén Ramírez Lezcano ao cargo de Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Lezcano, que contava com o apoio de países como Estados Unidos e Panamá, teve sua desistência confirmada pelo presidente paraguaio, Santiago Peña.
De acordo com a nota emitida pelo governo, a falta de apoio de aliados essenciais foi um fator decisivo para essa escolha. Com a saída de Lezcano da disputa, as possibilidades do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, aumentam consideravelmente. Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou apoio à candidatura de Ramdin, uma decisão que foi acompanhada por Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai.
A eleição para a Secretaria-Geral da OEA ocorrerá na próxima segunda-feira, 10 de março. Desde 2015, Luiz Almagro, ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai, ocupa o cargo. A OEA, que possui 35 membros e está sediada em Washington, foi fundada em 1948 e é a organização multilateral mais antiga e significativa das Américas.
Na nota oficial do governo paraguaio, é destacada a intenção de recuperar a relevância da OEA por meio de uma gestão moderna e eficaz. O texto ressalta a importância de não separar os países irmãos por questões ideológicas e enfatiza a luta pelos valores que unem o continente.
O documento menciona: "...o Paraguai foi informado por países amigos da região de que modificaram seu compromisso inicial e decidiram não apoiar a proposta do Paraguai." Com isso, Peña decidiu retirar a candidatura de Ramírez Lezcano, um diplomata respeitado com uma longa trajetória no cenário internacional.
Agradecendo os países que mantiveram seu apoio, Peña reafirma o compromisso do Paraguai de contribuir para a construção de uma OEA pautada em princípios e valores que promovam a unidade do continente. O presidente termina a nota com uma citação que expressa essa visão de união: "uma América que é uma, morena e alegre".
Essa movimentação no cenário diplomático demonstra a fluidez das alianças e a importância do apoio regional na corrida por cargos internacionais. Com a candidatura de Ramdin emergindo como uma alternativa viável, o desenrolar da eleição da OEA promete ser um indicativo das novas dinâmicas políticas na América Latina.