O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (5) que realizará uma importante reunião com líderes europeus em Paris na próxima semana. O principal objetivo deste encontro é abordar diversas questões militares e a situação atual relacionada ao conflito na Ucrânia.
Macron enfatizou a necessidade de a França estar preparada caso os Estados Unidos decidam não apoiar mais a Europa, afirmando: “Gostaria de acreditar que os Estados Unidos ficarão ao nosso lado, mas temos que estar prontos se esse não for o caso.”
Os diplomatas da França e do Reino Unido estão com pressa para finalizar um acordo de paz com a Ucrânia, que poderá ser apresentado aos EUA. Segundo fontes oficiais, essa proposta pode ser concluída em questão de dias. Em um discurso transmitido à nação, Macron destacou que a França pretende aumentar seus investimentos em defesa, sem elevar os impostos, e propôs iniciar discussões sobre a ampliação do arsenal nuclear francês em parceria com outros países europeus. Contudo, ele deixou claro que a decisão sobre o uso de armas nucleares continuará sob a responsabilidade do presidente francês.
As tensões na Ucrânia aumentaram desde que a Rússia invadiu o país em fevereiro de 2022. Com o apoio de aliados ocidentais como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, as forças ucranianas conseguiram resistir, apesar dos ataques iniciais que ameaçaram a capital, Kiev. A situação se agravou em outubro de 2024, quando, segundo analistas, a guerra atingiu um momento crítico, especialmente após o uso de um míssil hipersônico por Putin. Embora o projétil tenha transportado ogivas convencionais, sua capacidade para portar armas nucleares gerou preocupações internacionais.
Recentemente, houve alegações de que a Rússia está utilizando tropas da Coreia do Norte no conflito, mas tanto Moscou quanto Pyongyang não confirmaram nem negaram essas informações. O presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso, expressou confiança nas capacidades das forças armadas russas e declarou que o país alcançará seus objetivos na Ucrânia, sem oferecer detalhes claros. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, acredita que os principais objetivos de Putin incluem a ocupação total da região de Donbass, compreendendo Donetsk e Luhansk, além da expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk.
À medida que a situação se desenrola, as implicações para a Europa e a segurança global continuam a preocupar líderes e cidadãos. A reunião convocada por Macron em Paris representa uma tentativa da Europa de se unir e enfrentar os desafios apresentados por este conflito prolongado.