O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está de volta a Brasília nesta quinta-feira (6). Esta é a data final para entregar sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à denúncia que o acusa de tentar um golpe de Estado. Durante o período do Carnaval, ele esteve em Angra dos Reis (RJ), onde hospedou diversos aliados em sua casa na Vila Mambucaba.
Entre os convidados estavam o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e os deputados federais Luciano Zucco (PL-RS) e Hélio Lopes (PL-RJ), além do deputado estadual Gil Diniz (PL-SP). O ex-mandatário aproveitou o feriado para diversão e políticas, fazendo passeios de jet-ski e promovendo encontros frequentes com apoiadores.
Essas reuniões, que lembram os antigos encontros no Palácio da Alvorada, ficaram conhecidas como “Cercadinho de Mambucaba”. Durante as conversas, Bolsonaro discutiu temas como o projeto de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, a administração do ex-presidente americano Donald Trump, as manifestações populares e as próximas eleições de 2026.
Sem sugestões de prorrogação, a defesa de Bolsonaro tentou obter um prazo maior para apresentar suas alegações, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também não aceitou os pedidos de impedimento e suspeição em relação aos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, que foram solicitados pelas defesas de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto.
No total, Bolsonaro, Braga Netto e mais 32 pessoas foram denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em função da tentativa de golpe de Estado, ocorrida no dia 18 de fevereiro. Todas essas pessoas têm até o final da semana para apresentar suas manifestações.