A Executiva Nacional do PT se reunirá nesta sexta-feira (7) em um encontro virtual com início previsto para as 10h. O objetivo é discutir quem assumirá a presidência interina do partido, após a saída de Gleisi Hoffmann (PT-PR), que deixará o cargo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). A decisão foi comunicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, e a posse de Gleisi está marcada para o dia 10 de março.
Com a mudança, o PT precisa rapidamente escolher um substituto que ficará à frente da sigla até a realização das eleições para o novo comando, programadas para o dia 3 de julho. Os principais nomes cotados para ocupar o cargo temporário são o deputado José Guimarães (PT-CE), atual líder do governo na Câmara, e o senador Humberto Costa (PT-PE).
A discussão sobre um substituto começou a ganhar força nas últimas semanas, especialmente à medida que aumentavam as expectativas em relação à candidatura de Gleisi na Esplanada. Anteriormente, ela também foi considerada para a Secretaria-Geral da Presidência. A escolha de Gleisi para a articulação política do governo, como já mencionado por CNN, intensificou a disputa interna dentro do PT para a liderança do partido.
Entre os candidatos, o preferido de Lula é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, que tem se movimentado pelo país em uma campanha para obter apoio nos diretórios regionais do partido. No entanto, apesar de ser um forte potencial para a liderança, Edinho não poderá ocupar a presidência interina por conta das regras que limitam essa posição a membros do Diretório Nacional.
No contexto da reforma ministerial em andamento sob a liderança de Lula, Guimarães também foi cogitado para a SRI. O deputado possui boas relações com partidos centristas e é próximo de Arthur Lira (PP-AL), que já foi presidente da Câmara. A mudança na liderança do governo está entre as questões sob análise, incluindo a possível substituição de Guimarães por alguém do Centrão, com a intenção de fortalecer a articulação do governo e diminuir as resistências à atuação de Gleisi. Um dos nomes que tem sido comentado para o cargo é o deputado Isnaldo Bulhões (AL), atual líder do MDB.