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Lula visita acampamento do MST e anuncia políticas

Por Redação TN
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve visitar pela primeira vez durante sua atual administração um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na próxima sexta-feira, 7. O local escolhido é Campo do Meio, uma cidade com cerca de 11,5 mil habitantes no sul de Minas Gerais. O prefeito local, Samuel Azevedo Marinho (PSD), compartilhou um vídeo nas redes sociais, descrevendo esse evento como um "momento histórico" e uma "grande festa".

Durante a visita, está prevista a assinatura de um decreto para desapropriação da antiga usina Ariadnópolis, o que permitirá o assentamento das famílias do Quilombo Campo Grande. O ato ocorrerá na Escola Popular de Agroecologia Eduardo Galeano, pela manhã. De acordo com Tuíra Tule, uma das lideranças do MST, a área abriga atualmente 459 famílias que cultivam 2,2 milhões de pés de café e mais de 160 tipos de alimentos. Nos últimos 27 anos, esse grupo já enfrentou 11 despejos.

João Paulo Rodrigues, integrante da direção nacional do MST, também divulgou um vídeo ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), destacando a importância desse evento. Rodrigues chamou a visita de Lula de "ato nacional em defesa da reforma agrária, com grandes entregas e grandes anúncios". Ele enfatizou, "O presidente Lula vai lançar assentamentos para 12 mil famílias e igualmente os créditos e todas as novidades. Vocês precisam estar nesse grande anúncio da reforma agrária!".

No entanto, a relação entre Lula e o MST, que sempre foram aliados históricos, tem demonstrado sinais de descontentamento. Uma liderança do movimento expressou a frustração sentida em relação ao governo, mencionando que, até agora, nenhuma família foi assentada durante o atual mandato. Essa questão foi discutida em uma reunião em 30 de janeiro, quando Lula recebeu representantes do MST no Palácio do Planalto. Ao deixarem a reunião, os ativistas consideraram "ridículo" o andamento da reforma agrária até o momento.

Rodrigues, um dos coordenadores nacionais do MST, criticou o ritmo lento das ações, afirmando: "Nós não queremos debater como será o processo de reforma agrária; queremos uma solução para o problema da terra. Não aceitamos que, ao final deste ano, tenhamos um número tão baixo como 1.500 famílias assentadas por ano!". A insatisfação do movimento pode impactar a base de apoio de Lula, caso as demandas não sejam atendidas de maneira eficaz.

Tags: Lula, MST, Reforma Agrária, Política, Brasil Fonte: www.terra.com.br