Durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, um atrito entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resultou em uma tensão palpável e no pedido para que os representantes ucranianos deixassem a Casa Branca. Apesar do conflito, os ucranianos expressaram desejo de continuar as negociações com os americanos.
Conforme informações de uma fonte do governo dos EUA, após o desentendimento, a administração Trump comunicou claramente que era o momento de os ucranianos se retirarem. A troca de farpas entre os líderes aconteceu após Zelensky criticar abertamente a postura dos Estados Unidos em resposta às ações militares da Rússia em território ucraniano, que ocorreram entre 2014 e 2022.
O clima tenso do encontro gerou repercussão mundial, com reações de líderes políticos e especialistas destacando a gravidade do ocorrido. Trump, visivelmente irritado, teria levantado a questão da responsabilidade de Zelensky, afirmando que ele estava brincando com a possibilidade de uma terceira guerra mundial, afirmando: "Você está jogando com a 3ª Guerra Mundial". O presidente dos EUA insistiu que sua lealdade estava com os interesses dos Estados Unidos e do mundo, distantes de qualquer alinhamento com o líder russo.
Além desse embate, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, entrou na discussão, criticando Zelensky e questionando sua gratidão pelas assistências recebidas, perguntando quantas vezes ele havia agradecido durante o encontro. A situação causou surpresa entre os jornalistas que costumam cobrir a Casa Branca, levando muitos a afirmarem que algo dessa magnitude nunca havia sido visto em encontros dessa natureza, especialmente com o nível elevado de tensão exposto ao público.
Além das discussões e atritos, os presidentes não conseguiram formalizar um acordo que permitiria a exploração por parte dos EUA de recursos minerais no subsolo ucraniano. Apesar de o acordo ter sido frequentemente descrito como "acordo de terras raras", os minerais raros representam apenas uma fração do que está em pauta. O principal foco do acordo consistia em grandes reservas de outros minerais essenciais, como grafite, lítio, titânio, berílio e urânio, considerados cruciais para o crescimento econômico futuro. Apesar de não serem tecnicamente classificados como terras raras, estes 50 minerais são vitais para as economias modernas. (Com informações de Kevin Liptak e Kit Maher, da CNN, e da Reuters)