A taxa de desocupação no Brasil registrou uma leve alta em janeiro de 2025, alcançando 6,5%, segundo os dados apresentados pelo IBGE. Apesar do aumento, este índice é o menor já registrado para um trimestre encerrado em janeiro desde o início da série histórica em 2012.
Comparado ao trimestre anterior, quando a taxa era de 6,2%, essa elevação pode ser compreendida como um reflexo das demissões comuns que ocorrem em começo de ano, especialmente no que diz respeito a trabalhadores temporários. Além disso, a troca de administrações municipais também contribuiu para essa elevação.
Informa o IBGE que, pela metodologia que adotam, o aumento de 0,3 pontos percentuais não indica uma tendência de alta no desemprego. Internacionalmente, janeiro é frequentemente marcado por rescisões de contratos, e este ano não foi exceção. A desocupação, apesar da leve alta, reflete um contexto de estabilidade, sendo que o mesmo índice de 6,5% foi registrado em 2014.
Atualmente, o total de trabalhadores desocupados no país alcança 7,2 milhões, representando um aumento de 5,3% em relação ao trimestre anterior. Contudo, é importante observar que esse número é inferior ao de 2024, que contabilizava 8,3 milhões de desocupados. Economistas apontam que essa alta sazonal é comum, mas também sinaliza uma possível desaceleração no mercado de trabalho.
Atualmente, a população ocupada no Brasil é de 103 milhões, apresentando uma redução de 0,6% em comparação ao trimestre anterior, rompendo uma sequência de recordes. O setor público foi o principal responsável por essa queda, com uma diminuição de 2,5% no número de profissionais em diversas áreas. Além disso, registrou-se uma queda de 2,1% na ocupação na agricultura.
Em aspectos de rendimento, os trabalhadores que continuaram em atividade receberam, em média, R$ 3.343. Este valor mostra um crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior e um impressionante incremento de 3,7% se comparado ao mesmo período do ano passado, o que representa o maior salário médio já registrado nessa série histórica. A massa total de rendimentos foi estimada em R$ 339,5 bilhões, permanecendo estável no trimestre.
O conceito de força de trabalho subutilizada identificou cerca de 18,1 milhões de brasileiros que, embora possam trabalhar, estão desocupados ou subocupados. Isso demonstra que a taxa de subutilização da força de trabalho permaneceu em 15,5%, sem grandes mudanças em relação ao trimestre anterior, mas com uma redução de 2 pontos percentuais no comparativo anual.
É fundamental compreender os métodos utilizados para calcular a taxa de desemprego no Brasil. O IBGE adota abordagens específicas que consideram diversas variáveis econômicas e sociais, permitindo uma análise mais coerente do cenário atual.