No cenário econômico da Etiópia, um anúncio importante foi feito pelo Ministro de Finanças, Eyob Tekalign. Ele revelou que o país está prestes a alcançar um acordo preliminar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a terceira revisão de um programa de empréstimo no valor de US$ 3,4 bilhões. A previsão é que esse acordo seja firmado nos próximos dias e é considerado vital para o avanço das reformas econômicas em andamento.
Este programa de empréstimo do FMI é parte de um pacote de apoio mais abrangente que soma US$ 10,7 bilhões, englobando também o financiamento de parceiros de desenvolvimento e credores. As reformas já implementadas, como a flutuação do birr, a moeda local, e os esforços focados na reestruturação da dívida, têm gerado resultados positivos e receberam elogios das autoridades do FMI.
Desde o início do programa de reformas, em julho de 2024, a Etiópia tem se esforçado para equilibrar suas contas macroeconômicas e incentivar um crescimento sustentado por investimentos do setor privado. O Ministro Eyob enfatizou que foi registrado um progresso significativo em diversas áreas, incluindo a acumulação de reservas, controle da inflação e aumento das exportações.
Embora as expectativas sejam positivas, Eyob reconheceu que ainda existem desafios consideráveis, principalmente no que diz respeito à dívida do país. Apesar de as discussões com os credores oficiais estarem progredindo, os procedimentos para negociação formal com os detentores de títulos somente terão início no verão. A terceira revisão do programa deve ser aprovada pelo Conselho Executivo do FMI, o que é esperado para junho, liberando a próxima parcela do empréstimo.
A expectativa é alta em relação ao futuro econômico da Etiópia, especialmente com a possibilidade de um acordo preliminar próximo. A conclusão bem-sucedida das reformas econômicas e a sustentabilidade da dívida dependem fortemente do apoio contínuo do FMI e de outros parceiros internacionais. Diante do avanço nas negociações com os credores e a implementação das reformas, as próximas semanas se mostram cruciais para determinar o rumo econômico do país.