A Rússia declarou a recuperação de dois assentamentos na região de Kursk enquanto intensifica seus esforços para desalojar as forças ucranianas dessa área, como informado pelo comando principal da 95ª Brigada de Assalto Aerotransportado das Forças Armadas da Ucrânia.
Em um comunicado oficial, o Ministério da Defesa russo publicou na quarta-feira (26) que suas tropas retomaram as aldeias de Pogrebki e Orlovka, localizadas ao norte da cidade de Sudzha, próxima à fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Essas áreas haviam sido capturadas por forças ucranianas em uma incursão realizada em agosto do ano anterior.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desafiou as alegações russas, afirmando que suas tropas haviam alcançado "bons resultados" nos combates em Kursk, assim como na região de Donetsk, situada no leste da Ucrânia. Zelensky destacou os contra-ataques das tropas ucranianas, embora a Reuters não tenha conseguido verificar de forma independente as informações sobre as batalhas em andamento provenientes de ambos os lados do conflito, que já dura três anos.
Além disso, o Ministério da Defesa russo afirmou que suas operações militares foram direcionadas a várias unidades e posições ucranianas ao redor de mais de uma dúzia de assentamentos, incluindo localidades próximas a Sudzha. Os registros oficiais da Rússia indicam que há semanas suas forças vêm conseguindo esfriar a influência ucraniana na região, recuperando áreas anteriormente perdidas durante a ofensiva de agosto.
No seu discurso noturno, Zelensky fez um reconhecimento das tropas ucranianas, mencionando que já se passaram quase sete meses desde que estabeleceram uma zona de amortecimento no território russo, e que as forças ucranianas quase se habituaram a manter essa pressão. Ele também exalte as unidades que atuam na região de Donetsk, que continuam a repelir os ataques russos e a contra-atacar quando se apresentam oportunidades.
As forças russas, ao longo dos últimos meses, têm reportado um avanço gradual na região de Donetsk, capturando vilarejos um a um, e estão se aproximando do centro logístico vital de Pokrovsk, onde a única mina de carvão da Ucrânia foi encerrada enquanto as tropas russas se aproximavam. Após a tentativa frustrada de capturar a capital, Kiev, no início da invasão em fevereiro de 2022, as tropas russas focaram seus esforços na conquista do Donbass, que compreende as regiões de Donetsk e Luhansk.
A Rússia, durante 2022, proclamou a anexação de quatro regiões — Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia — embora ainda não tenha estabelecido controle total sobre nenhuma delas. Em 2014, Moscow anexou a península da Crimeia após uma revolta popular forçar a saída de um presidente que tinha ligação com o país.
O cenário permanece tenso, e as perspectivas para uma resolução pacífica ainda parecem distantes. A guerra, que já resultou em inúmeras perdas, continua a desafiar tanto as operações militares quanto a resiliência dos civis afetados pelo conflito. A comunidade internacional observa atentamente, à espera de novas reações e possíveis desdobramentos nas frentes de batalha.
É importante que continuemos atentos a este conflito complexo, que não apenas molda o futuro da Ucrânia, mas também influencia a dinâmica de segurança global.
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