Recentemente, ministros do governo, que anteriormente eram críticos, passaram a exaltar publicamente Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Esta mudança de postura ocorreu no dia 26 de fevereiro de 2025, com declarações de Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia. Essa nova estratégia é resultado de uma instrução dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que preocupado com a situação de Haddad, decidiu alinhar a comunicação entre seus colaboradores.
Preocupado com a pressão que Haddad enfrentava, Lula determinou que seus ministros começassem a expressar apoio ao chefe da Fazenda, reforçando que não há intenção de substituí-lo. Silveira, em uma publicação na rede social X, mencionou que “reiterou” seu apoio a Haddad em seu encontro. Ele afirmou: “Ressalto a confiança e o entusiasmo que temos na política econômica do Brasil, liderada por ele (Haddad) e sua equipe. O sucesso desse trabalho reflete no Brasil em pleno crescimento”.
Rui Costa também utilizou as redes sociais para apoiar Haddad. Ele compartilhou uma entrevista concedida ao GloboNews, onde destacou que sua relação com o ministro da Fazenda é “excelente”. Costa afirmou: “O ministro tem todo apoio do presidente da República e dos ministros do Palácio para todas as iniciativas que tomou”.
No entanto, apesar das declarações de apoio, a relação de Haddad com outros ministros do governo não é simples. Consoante reportagens do Poder360, Haddad tem enfrentado desavenças com os demais integrantes do Executivo, especialmente em relação à gestão do Orçamento. O ministro da Fazenda advoga por uma política fiscal mais rigorosa, enquanto a maioria dos ministros defende uma abordagem que considera o governo um motor para a economia. Essa divergência tem suscitado críticas de que não existe uma estratégia econômica coesa, com decisões sendo tomadas de forma pontual e muitas vezes reativas.
Essas tensões também se estendem ao eleitorado. A insatisfação com a condução econômica do governo é visível entre os brasileiros. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada em dezembro, 34% da população caracteriza a gestão de Haddad como “ruim” ou “péssima”, enquanto uma parte equivalente a 34% a considera “regular”. Em contrapartida, 27% avaliam a atuação do ministro como “ótima” ou “boa”, e 5% não souberam opinar. Essa pesquisa foi realizada duas semanas após o governo anunciar um pacote de medidas de gastos, o que indica uma clara preocupação com a percepção pública da economia.
Com o cenário econômico pairando como um fator de instabilidade, fica evidente que o apoio dos ministros a Haddad servirá, ao menos por ora, para consolidar a imagem do Brasil como um país em crescimento e recuperação. Resta saber como essa dinâmica entre críticas e defesas continuará a se desenvolver à medida que o governo enfrenta novos desafios pela frente.
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