A Rússia expressou sua aprovação nesta terça-feira (25) pela mudança na abordagem dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, após a adoção de uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A nova resolução, proposta pelos EUA, demonstra uma postura neutra sobre o conflito armada.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou a situação e afirmou: “Vemos que os Estados Unidos estão assumindo uma posição muito mais equilibrada, o que realmente ajuda os esforços voltados para a resolução do conflito na Ucrânia.” Peskov destacou que essa mudança de postura indica um “desejo real de contribuir para um acordo”.
Na Assembleia Geral da ONU, os Estados Unidos se opuseram a uma resolução que pedia a retirada das forças russas do território ucraniano, mas no Conselho de Segurança, a proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos foi aprovada. Esta resolução não atribui culpa pela guerra, refletindo uma mudança significativa nas diretrizes dos EUA em comparação com os anos anteriores.
As votações coincidiram com o terceiro aniversário do início da guerra, evidenciando as novas divisões entre Washington e seus aliados, como a Grã-Bretanha e a França, que optaram por se abster na votação da resolução apoiada pela Rússia e pela China. Peskov declarou: “Quanto aos europeus, é claro, as declarações feitas de Bruxelas e assim por diante, incluindo de Kiev, ainda não sinalizam um equilíbrio, mas talvez, com base nos resultados dos contatos entre europeus e americanos, a Europa de alguma forma gravitará em direção a um equilíbrio maior.”
Essa mudança de postura dos EUA em relação à Ucrânia é um indicativo de que o país pode estar buscando um caminho mais conciliador em um conflito que já se arrasta por anos. Enquanto isso, a Rússia espera que essa abordagem conduza a um cenário de paz mais estável na região.
Diante desse cenário, as expectativas são de que tanto europeus quanto americanos possam encontrar um meio-termo que favoreça a estabilidade no leste europeu. Para além do contexto geopolítico, essa dinâmica também afeta a segurança e os interesses econômicos de diversos países envolvidos. A possibilidade de uma resolução pacífica é agora mais do que uma expectativa: é uma necessidade premente.