O papa Francisco, de 88 anos, agradeceu publicamente as orações dos fiéis durante sua hospitalização, que já dura mais de uma semana. Em uma carta divulgada neste domingo (23) pelo Vatican News, o pontífice expressou sua gratidão pelo apoio recebido e reafirmou a importância de continuar os tratamentos necessários para sua recuperação. 'De minha parte, continuo confiante a internação na Policlínica Gemelli, realizando os tratamentos necessários; e também o repouso faz parte da terapia! Agradeço de coração aos médicos e ao profissionais de saúde deste hospital pela atenção que me dispensam e pela dedicação com que prestam seu serviço aos doentes', escreveu.
Nos últimos dias, o papa tem enfrentado um quadro de pneumonia dupla, o que o impediu de realizar a tradicional oração Angelus pelo segundo domingo consecutivo. A reflexão e a oração foram conduzidas por dom Rino Fisichella, um alto funcionário do Vaticano, enquanto o líder da Igreja Católica permaneceu no hospital.
Agradecendo as mensagens carinhosas que recebeu, o papa destacou em especial as cartas e desenhos enviados pelas crianças. Ele pediu que todos se juntassem a ele em oração: 'Confio todos à intercessão de Maria e peço que rezem por mim', continua a mensagem do pontífice.
No mesmo comunicado, o papa Francisco também fez uma declaração contundente sobre a guerra na Ucrânia, que completa três anos na próxima segunda-feira (24). Ele lamentou este marco doloroso, apontando que representa uma vergonha para toda a humanidade. 'Amanhã marca o terceiro aniversário da guerra em larga escala contra a Ucrânia: um aniversário doloroso e vergonhoso para toda a humanidade!', exclamou.
Além disso, Francisco pediu que as pessoas se lembrassem das vítimas de todos os conflitos armados e rezassem pela paz em regiões como Palestina, Israel, Oriente Médio, Mianmar, Kivu e Sudão.
Internado desde a sexta-feira (14), Francisco foi diagnosticado com pneumonia bilateral, uma infecção que pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos e que atinge ambos os pulmões. No último sábado (22), o Vaticano informou que havia ocorrido um agravamento na saúde do pontífice, que enfrentou uma 'crise respiratória prolongada semelhante à asma'. Além disso, ele precisou de transfusões de sangue devido a um caso de plaquetopenia, uma condição caracterizada pela diminuição significativa do número de plaquetas no sangue, o que está associado a uma anemia.
Entretanto, neste domingo, a Santa Sé informou que o papa teve uma noite tranquila e que estava recebendo oxigênio quando necessário, utilizando um pequeno tubo sob o nariz, mas respirando de forma independente. Novas atualizações sobre a saúde do papa estão previstas para serem divulgadas após os exames clínicos realizados ao longo do dia.