O Hamas solicitou recentemente que Israel retorne à Faixa de Gaza um corpo que foi enviado em um caixão como suposta entrega da refém israelense Shiri Bibas. Shiri foi sequestrada em 7 de outubro de 2023, junto com seus dois filhos, durante um ataque. No entanto, autoridades israelenses realizaram uma perícia que revelou que os restos mortais entregues pertenciam a uma mulher não identificada.
A declaração da liderança do Hamas veio após a publicação da versão israelense dos fatos. O grupo terrorista expressou que está investigando o incidente com a "total seriedade" e sugeriu que o envio do corpo equivale a um engano. Segundo o Hamas, os restos mortais de Shiri podem ter se confundido com os de outras vítimas que faleceram.
O Hamas confirmou que Shiri, junto com seus filhos Ariel e Kfir, que tinham 4 anos e 10 meses respectivamente, foram mortos em um ataque aéreo israelense. No entanto, Israel nega essa afirmação e mantém que as crianças foram vítimas de ações do Hamas.
Além disso, na noite de quinta-feira, o Exército Israelense anunciou que a perícia realizada no Instituto Nacional de Medicina Forense em Tel Aviv confirmou que o corpo enviado não correspondia a Shiri ou a qualquer refém. O resultado da investigação confirmou que Ariel, Kfir e o idoso Oded Lifshitz, de 84 anos, eram as únicas vítimas em questão. O comunicado de Israel menciona que as crianças foram "brutalmente assassinadas por terroristas" durante o cativeiro em novembro de 2023.
Em resposta a essas alegações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o ocorrido como uma "violações cruéis" do cessar-fogo e do acordo de troca de prisioneiros. Em uma declaração em vídeo, ele prometeu que o Hamas "pagará" pelo ocorrido. Ele destacou a gravidade do fato ao afirmar: "A crueldade dos monstros do Hamas não conhece limites".
Essa situação trouxe reações intensas em todo o mundo, especialmente em relação ao sofrimento da família Bibas. O caso de Shiri e seus filhos se destaca pela viralização das imagens do momento em que foram sequestrados de casa, o que gerou uma onda de solidariedade e indignação global.
Em meio a toda a tensão, a Cruz Vermelha foi envolvida no processo de entrega dos corpos, que incluiu símbolos de protesto, como réplicas de bombas. O Hamas defende que o erro ao enviar o corpo de uma mulher de Gaza no lugar de Shiri pode estar relacionado aos bombardeios realizados por Israel no local.
Esse triste episódio não apenas destaca os horrores da guerra, mas também evidencia a complexidade da confrontação entre Israel e o Hamas, que envolve não só aspectos políticos, mas também questões humanitárias.
Enquanto a investigação do Hamas prossegue, a comunidade internacional continua atenta à situação, preocupada com o bem-estar dos reféns e a justiça para todas as vítimas deste prolongado conflito.