Na última sexta-feira, o Hamas entregou um corpo que, segundo suas próprias afirmações, pertence à refém israelense Shiri Bibas, cujo reconhecimento incorreto em uma entrega anterior, realizada no dia 20, pôs em risco um frágil acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A entrega correta do corpo de Shiri aconteceu no dia 22, após a confusão que gerou angústia entre os familiares. A mulher foi sequestrada no 7 de outubro de 2023, junto de seus filhos: um menino de quatro anos e um bebê de apenas nove meses. A confirmação da identificação do corpo foi feita pela família e em seguida corroborada pela rádio do exército israelense, enquanto que o Instituto de Medicina Forense de Israel também fez a devida verificação.
“Ontem à noite, nossa Shiri voltou para casa”, disse a família em um comunicado, demonstrando alívio após a entrega do corpo.
O corpo de Shiri foi entregue à Cruz Vermelha em um caixão na sexta-feira, um dia após o erro que levou o governo israelense a interromper o acordo de cessar-fogo, que estava em andamento desde janeiro deste ano e previa a liberação de reféns pelo grupo extremista.
A exigência de Israel pela entrega imediata do corpo foi uma resposta ao que foi considerado um erro grave. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou o ocorrido de uma “violação descarada e cruel” do acordo em vigor e garantiu que o Hamas pagaria pelo que fez. Este incidente provocou grande revolta e tristeza entre os israelenses, que acompanharam de perto a trágica situação da família Bibas.
Shiri Bibas, aos 32 anos, foi sequestrada juntamente com seus filhos, Ariel e Kfir, aos quatro e nove meses, respectivamente. Infelizmente, todos os três perderam a vida sob as circunstâncias brutais do cativeiro na Faixa de Gaza. Com isso, a família Bibas tornou-se um símbolo na luta pelo retorno dos reféns e pela busca de justiça em meio ao conflito.