O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou que um novo acordo comercial entre os EUA e a China é uma possibilidade viável. A China, como alvo central da política tarifária do presidente, tem sido foco de conversações, e Trump não hesitou em elogiar o líder chinês, Xi Jinping, enquanto criticava a abordagem do presidente Joe Biden em relação a Pequim.
Trump declarou: “Tenho um relacionamento muito bom com o presidente Xi. Acho que um ótimo relacionamento com o presidente Xi. E lembrem-se, ele ama a China e eu amo os Estados Unidos.” Essa afirmação reflete uma tentativa de reaproximação com a China, mesmo no contexto das tensões comerciais recentes.
Nos planos para um futuro acordo, o republicano espera promover investimentos chineses na economia americana e que a China se comprometa a adquirir mais produtos dos EUA. Este movimento surge após a recente imposição de novas tarifas de 10% pela Casa Branca em relação a produtos chineses, o que levou Pequim a retaliar com aumento de impostos sobre bens americanos, como energia e maquinário.
Nos últimos dias, líder chinês, Xi Jinping, expressou a disposição de dialogar, mas destacou a insatisfação em relação às tarifas estabelecidas pelo governo dos EUA. Essas tarifas são parte de uma estratégia mais ampla que Trump também aplicou a outros países, como México e Canadá. Apesar de sanções a essas nações, ambas conseguiram negociar uma pausa de um mês na cobrança das tarifas, que se encerrará no dia 3 de março.
Uma pesquisa realizada pela Ipsos revelou que a maioria dos americanos é contrária às tarifas impostas por Trump sobre os três países, com sete em cada dez cidadãos acreditando que essas medidas trarão consequências negativas para a economia dos EUA.
Além das questões comerciais, Trump buscou intervir em conflitos internacionais logo em seu primeiro mês de mandato. Ele recebeu Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, na Casa Branca, onde fez declarações polêmicas sobre a situação em Gaza, sugerindo que os EUA “tomariam conta de Gaza” e que países como Egito e Jordânia deveriam receber os palestinos. Essa proposta de deslocamento forçado de civis é contrária ao direito internacional e foi fortemente condenada por líderes globais.
Trump também tem adotado uma postura agressiva em relação à Europa. Ele mantém ameaças de tarifas e caracteriza o relacionamento dos EUA com a União Europeia como “muito injusto”, com críticas focadas nos investimentos militares dos países europeus na OTAN, considerados abaixo do desejado pelo governo americano.