Em uma recente entrevista realizada a bordo de um avião, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou seu apoio aos apelos por uma intervenção direta do governo federal em Washington, DC. Segundo ele, a administração local, que é autônoma do Distrito de Columbia, falhou em "fazer o trabalho necessário" para combater os problemas de criminalidade e a crescente falta de moradia na capital do país.
As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters e revelam um tema que tem sido alvo de crescente pressão por parte do Partido Republicano nos últimos anos. Os republicanos têm interessado em desmantelar o governo local, dominado por democratas, que desde a década de 1970 possui um certo grau de autossuficiência, mas que ainda permanece sob a supervisão do Congresso dos Estados Unidos.
Trump enfatizou: "Devemos administrá-lo com força, administrá-lo com lei e ordem, torná-lo absolutamente impecavelmente lindo. Acredito que devemos assumir o controle de Washington, DC, e torná-lo seguro". Essas declarações refletem a urgência sentida por muitos em relação à gestão da segurança e da estética pública da capital.
Recentemente, membros do Partido Republicano apresentaram um projeto de lei que, caso aprovado, resultaria na eliminação do governo municipal. Essa proposta inclui a remoção do prefeito e do conselho de vereadores, além de dar ao Congresso a capacidade de legislar em direta influência sobre os cerca de 700 mil habitantes da região. O projeto, denominado de Lei Bowser, faz referência à prefeita de Washington, Muriel Bowser, que é negra e tem sido alvo das críticas de Trump.
Um esforço similar havia sido feito em 2023, mas não obteve aprovação. A discussão sobre o futuro político e a autonomia de Washington é complexa, especialmente considerando tentativas anteriores de transformar a capital em um 51º estado, movimento que também foi barrado no Senado.
Reforçando suas críticas, Trump disse: "Gosto da prefeita. Me dou muito bem com a prefeita, mas eles não estão fazendo seu trabalho. Há muita criminalidade, muito grafite e muitas barracas nos gramados". Essas considerações foram acompanhadas de uma preocupação expressa pelo ex-presidente em relação à imagem que Washington transmite aos visitantes, especialmente governantes estrangeiros e chefes de Estado, enfatizando que não deveria haver pessoas vivendo nas ruas da capital.