O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou na manhã desta quinta-feira (20) que quatro caixões contendo os corpos de reféns israelenses foram entregues pelo Hamas. Entre os corpos, estão os de dois jovens irmãos da família Bibas: o bebê Kfir Bibas, que tinha apenas nove meses na época do sequestro, e seu irmão de quatro anos, Ariel Bibas. Também foi liberado o corpo da mãe das crianças, Shiri Bibas, juntamente com um quarto refém, Oded Lifschitz.
Os caixões, de cor preta, foram transportados em veículos da Cruz Vermelha, que partiram de um local de entrega na Faixa de Gaza. Cada caixão apresentava uma pequena foto das vítimas, refletindo a tensão e o pesar da situação. Netanyahu expressou em um vídeo que este dia seria "muito difícil para o estado de Israel. Um dia perturbador, um dia de luto".
O Hamas, grupo que conduziu os sequestros, afirma que as mortes ocorreram em resultado de um ataque israelense. O pai das crianças, Yarden Bibas, havia sido libertado anteriormente em uma troca de reféns por prisioneiros no início deste mês. Apesar da liberação de alguns membros da família, eles enfatizaram que a "jornada não acabou" e que continuam buscando esclarecimentos sobre os destinos dos meninos e de sua mãe.
Oded Lifschitz, o quarto refém, tinha 83 anos e foi sequestrado da comunidade Nir Oz, da qual ele foi um dos fundadores. Sua esposa, Yocheved, que na época tinha 85 anos, também foi capturada, mas foi libertada duas semanas depois, ao lado de outra mulher idosa.
A situação dos reféns e os recentes eventos trazem à tona a complexidade e a tragédia do conflito entre Israel e Hamas. O sofrimento das famílias afetadas e a busca incessante por respostas e justiça continuam a ser um tema central nas discussões sobre segurança e direitos humanos na região.