O Partido dos Trabalhadores (PT) tomou uma decisão significativa ao optar por priorizar a experiência política em detrimento da renovação nas próximas eleições para cargos do Legislativo em 2026. Em uma reunião da executiva realizada na segunda-feira (17), o partido decidiu que parlamentares que já ocupam seus terceiros mandatos poderão concorrer novamente, possibilitando que busquem um quarto mandato na mesma Casa Legislativa ou instância do PT. Com isso, estima-se que cerca de 30 deputados federais se beneficiem da mudança aprovada com 60 votos a favor e 27 contra.
Essa altercação nas regras representa um desafio para aqueles que desejam conquistar um espaço mais amplo nas disputas legislativas. A decisão gerou intensos debates e divergências entre os membros do partido. A corrente liderada pela atual presidente, Gleisi Hoffmann, saiu vitoriosa nesse embate. Os dirigentes do PT acreditam que a mudança permite àqueles que ocupam cargos na executiva tentarem se manter em seus postos, mesmo após já terem alcançado o limite de três mandatos. Na prática, essa alteração pode beneficiar a gestão de Hoffmann, que, por outro lado, tem outros planos e aguarda um posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir uma pasta ministerial, possivelmente a Secretaria-Geral da Presidência.
As eleições para a nova diretoria do PT estão agendadas para o dia 6 de julho. O ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é amplamente visto como o favorito para assumir a presidência da legenda. Contudo, o PT enfrenta um momento interno considerado turbulento. Durante a reunião, os dirigentes decidiram retornar ao modelo de votação direta, que anteriormente havia sido substituído por acordos políticos. Jilmar Tatto, secretário de comunicação do partido, esclareceu: “O filiado vota na presidência nacional do PT e escolhe a direção de todos os níveis.”
Essas modificações acentuam as vitórias da ala majoritária do partido, composta por figuras como Gleisi Hoffmann, o presidente Lula, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, e Edinho Silva.
Outro ponto relevante discutido durante essa reunião foi a queda da popularidade do presidente Lula. As correntes do PT realizaram uma avaliação da situação política atual. Na semana anterior, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que apenas 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do petista, enquanto 41% o reprovam. Esse índice representa o pior nível de aprovação em todos os mandatos do presidente Lula, com a reprovação alcançando níveis recordes.
Com essas decisões, o PT demonstra uma clara preferência por manter a experiência política e a continuidade nas posições de liderança, apostando na estabilidade de seu quadro e estratégias para lidar com a crescente desaprovação popular. As próximas eleições de 2026 prometem ser desafiadoras, não apenas para o partido, mas também para o cenário político brasileiro como um todo. Qual é a sua opinião sobre essas mudanças? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões!