Quando se trata de dobrar uma folha de papel, muitos se perguntam: é possível fazê-lo mais de 8 vezes? Embora essa prática possa parecer simples, existem fatores que dificultam essa tarefa.
Características do papel desempenham um papel fundamental nessa questão. Papéis mais grossos ou de menor dimensão apresentam maiores desafios para dobras sucessivas. Conforme aumentamos a quantidade de dobras, a resistência mecânica do papel aumenta, tornando a próxima dobra cada vez mais difícil.
Desde tempos antigos, a crença de que não se pode dobrar um papel mais de oito vezes circulou com frequência. Contudo, de acordo com o Guinness World Records, a maior quantidade de dobras registradas é, na verdade, de 12 vezes.
Se você já tentou dobrar uma folha de papel várias vezes, deve ter notado que a partir da sexta, sétima ou até da oitava dobra, a tarefa se torna praticamente impossível. Isso se deve a dois fatores principais:
As dimensões do papel são cruciais nesta questão. Embora a espessura possa parecer irrelevante, ela desempenha um papel significativo na dificuldade das dobras. Como explica Bruno Fonini, professor de física, “em geral, tendemos a desconsiderar a espessura do papel porque as folhas são muito finas. Mas mesmo que seja uma medida tão pequena, isso influencia bastante no experimento.”
Cada dobra altera as dimensões do papel: a largura e o comprimento diminuem, enquanto a espessura aumenta. Assim, papéis mais finos e maiores são mais fáceis de serem dobrados repetidamente.
Didaticamente, é interessante observar que, a cada dobra, a espessura do papel se multiplica. Por exemplo, começando com um papel de 0,1 mm de espessura, após a primeira dobra teríamos duas camadas, depois quatro, e assim por diante. Isso cria um crescimento exponencial.
Se fosse possível dobrar uma folha de papel infinitamente, ela poderia teoricamente alcançar a Lua ou até mesmo o Sol. Se começarmos com um papel de 0,1 mm, na 42ª dobra, a espessura alcançaria 439.804,65 km, que é aproximadamente a distância da Terra até a Lua.
Atualmente, a americana Britney Gallivan ostenta o título de maior número de dobras de um papel, com o recorde de 12 dobras estabelecido em 2002. O feito foi realizado quando ela ainda estava no ensino médio, após um desafio de seu professor.
Ela percebeu que, para atingir seu objetivo, seria necessário um papel mais fino e longo. Usando um papel de 1.219 metros, conseguiu dobrar 12 vezes, resultando em 4.096 camadas de papel.
Essas descobertas nos levam a refletir sobre as propriedades dos materiais e como dimensões aparentemente pequenas podem ter grandes impactos nas nossas experiências cotidianas.
Portanto, da próxima vez que você tentar dobrar um papel várias vezes, lembre-se: é mais complexo do que parece! Você já tentou superar esse desafio? Compartilhe sua experiência e opiniões abaixo!