Um estudo recente aponta que, até 2050, cerca de 843 milhões de pessoas globalmente poderão sofrer de lombalgia, conforme pesquisa publicada na revista The Lancet Rheumatology. Além disso, estima-se que 80% da população mundial já tenha experimentado ou enfrentará dores na coluna em algum momento de suas vidas, de acordo com dados divulgados pela OMS.
O Dr. Gustavo Castro, um renomado ortopedista focado em condições ortopédicas, salienta que essas dores são um dos principais fatores que impactam a qualidade de vida dos brasileiros, resultando em visitas a prontos-socorros e afetando a capacidade de trabalho. "Embora sejam extremamente comuns, as dores nas costas, que podem afetar a região lombar, cervical ou torácica, geralmente podem ser tratadas sem a necessidade de cirurgia, mesmo em casos de hérnia de disco e artrose", afirma o médico.
Ele explica que os tratamentos disponíveis incluem técnicas de fortalecimento, alongamento, infiltrações, bloqueios de nervos e ablações com radiofrequência para o controle da dor. "Cada paciente deve buscar uma avaliação especializada para receber um tratamento personalizado", complementa, ressaltando sua prática em Campinas (SP).
Dr. Gustavo lista várias causas comuns para dores crônicas no sistema musculoesquelético:
O diagnóstico preciso é fundamental e deve ser feito através de uma avaliação médica detalhada, que pode incluir exames físicos, anamnese e exames de imagem. Segundo Dr. Gustavo, o manejo deve ser individualizado e pode englobar tratamentos farmacológicos, fisioterapia e modificações no estilo de vida, tais como a prática regular de exercícios e manejo do estresse.
As dores ortopédicas crônicas podem afetar diversas partes do corpo, mas há regiões mais suscetíveis. Segundo o especialista, estas incluem:
Estas áreas estão particularmente envolvidas na mobilidade e sustentação do corpo humano. Além disso, fatores como envelhecimento, estilo de vida sedentário, obesidade e traumas anteriores podem contribuir significativamente para o surgimento de dores crônicas.
A diferenciação entre dores crônicas ortopédicas e outras condições, como neuropatias ou doenças reumatológicas, é muitas vezes desafiadora. "As dores ortopédicas geralmente estão associadas ao movimento ou carga e costumam ser localizadas, enquanto neuropatias podem manifestar-se como queimor ou formigamento, e as doenças reumatológicas tendem a afetar múltiplas articulações", explica Dr. Gustavo.
Para um diagnóstico completo, é fundamental que os médicos realizem uma avaliação individualizada e estejam atentos ao histórico do paciente, além de realizarem exames que ajudem a esclarecer a condição.
Uma variedade de tratamentos não cirúrgicos está disponível, combinando tecnologia moderna e abordagens regenerativas. Entre as opções, destacam-se:
Essas técnicas têm avançado consideravelmente nos últimos anos, permitindo um manejo mais eficaz das dores crônicas, promovendo a regeneração tecidual e proporcionando alívio sem intervenções cirúrgicas invasivas.,
Dr. Gustavo destaca que os maiores avanços na ortopedia estão ligados ao desenvolvimento de técnicas inovadoras, como a medicina regenerativa e intervenções dirigidas à dor. "Essas abordagens têm transformado o tratamento, permitindo alíviar dores sem necessidade de cirurgias invasivas", diz o médico.
Ele enfatiza, entre os principais avanços, a importância da medicina regenerativa, as terapias com células-tronco, as intervenções guiadas por imagem e métodos de neuromodulação que têm se mostrado eficazes no controle de dores que não respondem aos tratamentos convencionais.
"Com os métodos modernos, é possível oferecer um alívio significativo até mesmo para dores refratárias", conclui Dr. Gustavo Castro.
O Dr. Gustavo Castro é graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto e possui especialização em ortopedia e traumatologia pelo Hospital das Clínicas da mesma universidade. Ele é um membro ativo das principais sociedades de ortopedia e regeneração tecidual do Brasil. Como professor de pós-graduação em medicina regenerativa e intervenções em dor, ele tem contribuído para a formação de novos especialistas na área.