Uma médica de 67 anos foi brutalmente agredida durante uma tentativa de assalto na Zona Oeste de São Paulo no último sábado, enquanto se exercitava. Internada em uma unidade de terapia intensiva, a profissional de saúde relatou que está sendo mantida sob efeito de morfina devido às dores intensas, fruto do ataque que resultou em uma costela fraturada e uma grave lesão pulmonar.
Em entrevista ao g1, a médica compartilhou a experiência traumática que passou. "A dor é insuportável, estou à base de morfina. Estou na UTI porque os chutes fraturaram costela e apófise de vértebra, e a contusão pulmonar resultou em um pneumotórax e derrame pleural", contou ela.
Por volta das 5 da manhã, enquanto corria na Avenida Doutor Francisco de Paula Vicente, ela foi abordada por dois homens em uma motocicleta. A médica expressou sua surpresa com o ocorrido, já que afirmava correr naquele local há mais de 15 anos sem incidentes. "Foi uma fatalidade mesmo, porque corro há mais de 15 anos nesta avenida e neste horário", lamentou.
Ao perceber a situação de assalto, a mulher começou a gritar por ajuda, mas estava sem o celular no momento. Os criminosos, então, exigiram que ela entregasse sua aliança. Câmeras de segurança registraram a cena do crime, mas até o momento, os assaltantes não foram identificados.
Os áudios gravados durante o crime mostram a tensão da situação. Um dos assaltantes gritava: "Dá a aliança, dá a aliança", enquanto a médica tentava explicar que não conseguia remover a joia. "Ela não sai, ela não sai!" e "Socorro! Ai! Ela não sai. Eu vou tentar tirar, eu vou tentar tirar. Socorro!" foram alguns de seus apelos em meio ao ataque.
Durante a agressão, um dos assaltantes mordeu o dedo da médica na tentativa de arrancar a aliança, enquanto o outro desferiu vários chutes na região torácica. O desespero dela ficou evidente quando gritava: "Eu vou tentar tirar, vou tentar tirar!" e "Ai, moço. Eu juro por Deus, ela não sai. Socorro!" após ser golpeada na cabeça. Após cerca de um minuto de violência, os criminosos decidiram desistir e fugiram.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que, apesar do registro do caso como tentativa de roubo, os suspeitos permanecem sem identificação. O boletim de ocorrência foi elaborado pela Delegacia Eletrônica, com orientação para que a vítima comparecesse ao Setor de Investigações. Também foi solicitado um exame de corpo de delito ao Instituto Médico Legal (IML).
Casos como este levantam questões sobre a segurança nas áreas urbanas e a necessidade de ações mais efetivas para proteger cidadãos que realizam atividades saudáveis, como corridas ao ar livre. Campanhas de conscientização e medidas de segurança pública são essenciais para garantir a integridade das pessoas durante tais atividades.
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