Desafios de Lula refletem crise de Dilma em 2015
Atualmente, o presidente Lula enfrenta um cenário que se assemelha ao enfrentado por Dilma Rousseff em 2015, com uma queda significativa em sua aprovação, segundo a pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14). Essa diminuição dos índices de popularidade está geralmente ligada a acontecimentos notáveis ou a um desgaste ao longo do tempo.
Um exemplo marcante desse desgaste pode ser observado nas jornadas de junho de 2013, durante o governo de Dilma, quando sua aprovação caiu quase 27 pontos percentuais. Um fenômeno semelhante ocorreu durante a pandemia de Covid-19, que trouxe desafios significativos à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro perante a opinião pública.
O momento vivido por Lula é mais comparável ao início do segundo mandato de Dilma, que, após ser reeleita em 2014, prometeu que a economia estava em boa situação, mas acabou alterando sua política econômica para uma abordagem mais fiscalista. Essa mudança teve um impacto negativo na percepção popular sobre ela.
Embora o governo atual mencione a necessidade de uma nova comunicação, estratégias como viagens pelo país e anúncios de obras podem não ser suficientes. O problema se agrava enquanto a população enfrenta dificuldades devido ao aumento dos preços dos alimentos e a elevação das despesas essenciais. Não existe uma “varinha mágica” que consiga resolver essas questões rapidamente.
É crucial que a administração de Lula enfrente a problemática da inflação alimentícia e implemente políticas que elevem a sensação de bem-estar entre os cidadãos. Apesar dos obstáculos, a situação não é o “fim do mundo”. Vários governantes, ao longo dos anos, conseguiram reverter a percepção negativa e melhorar sua imagem durante o ano que antecede a reeleição.
No entanto, é importante ressaltar que, se Lula não conseguir resolver as questões econômicas que impactam diretamente a vida dos brasileiros, ele terá um ano extremamente desafiador pela frente. A administração terá que ser ágil e eficaz para se reconectar com a população e reverter a situação econômica atual.
