Na última quinta-feira (13), o governo cubano anunciou uma suspensão das atividades profissionais e escolares que não são consideradas essenciais, ocorrendo entre os dias 14 e 15 de fevereiro. A medida foi comunicada pela ministra do Trabalho e Previdência Social, Marta Elena Feito Cabrera, e visa enfrentar a grave crise energética que assolou a ilha. Em seu pronunciamento, Cabrera destacou: “Tendo em conta a situação energética que o país enfrenta e com o objetivo de contribuir para a necessária poupança no consumo de eletricidade para atenuar o impacto na população, foi decidido suspender as atividades letivas e laborais não essenciais nas atuais condições nos dias 14 e 15 de fevereiro.”
A União Elétrica Cubana (UNE) também comentou sobre a situação, prevendo uma nova sexta-feira “também complexa”, embora tenham esperança de que haja “uma melhoria no impacto no serviço.”
Este cenário se agrava após Cuba ter enfrentado um apagão generalizado em dezembro, que resultou em uma “desconexão total do Sistema Elétrico Nacional (SEN)”, deixando milhões de habitantes sem eletricidade. Em outubro, outros dois apagões já tinham sido registrados. Os problemas enfrentados pelo sistema elétrico cubano não são novidade; a infraestrutura do país carece de manutenção há muitos anos, e a ocorrência frequente de apagões remonta à década de 1990.
A narrativa oficial do governo atribui a deterioração da situação às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Recentemente, em uma declaração em outubro, o presidente Miguel Díaz-Canel mencionou que os apagões são “mais uma evidência” dos desafios provocados pelo embargo, que é referido como bloqueio pelas autoridades cubanas.
A CNN também entrou em contato com a Presidência cubana e o Ministério das Relações Exteriores, buscando mais informações sobre o estado atual da crise elétrica, mas ainda espera um retorno das autoridades.
O impacto das restrições e da crise elétrica em Cuba levanta discussões sobre as condições de vida da população e a necessidade urgente de reformas no setor elétrico. Especialistas afirmam que a falta de investimento e a deterioração das infraestruturas têm agravado as crises, além da pressão da comunidade internacional por soluções duradouras.
A situação atual em Cuba convida à reflexão sobre o futuro do sistema elétrico da ilha e as implicações que isso traz para os cubanos no dia a dia. As dificuldades enfrentadas pela população geram uma expectativa crescente sobre como as autoridades resolverão essas questões urgentes.