A história de um crime que abalou o Rio Grande do Sul teve um novo desenvolvimento nesta quinta-feira, quando Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem vida na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre. Deise estava presa sob a acusação de assassinato, sendo suspeita de envenenar três membros de sua família com um bolo que continha arsênio.
As informações mais recentes, divulgadas pelo G1, indicam que durante a rotina matinal na penitenciária, ela foi localizada sem sinais vitais em sua cela. De acordo com a Polícia Penal, a detenta estava sozinha e a possibilidade inicial, segundo as investigações, é de que ela tenha cometido suicídio.
A instituição informou em comunicado: "Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência, que, ao chegar ao local, constatou o óbito". Para apurar as circunstâncias em torno da morte de Deise, a Polícia Civil junto ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) instauraram uma investigação.
O caso repercutiu nacionalmente após um trágico encontro familiar se transformar em tragédia. No dia 23 de dezembro de 2024, uma reunião entre sete pessoas em uma residência no litoral gaúcho culminou em um desfecho horrendo. Um bolo, que havia sido confeccionado por Zeli dos Anjos, a sogra de Deise, foi servido durante o evento. Pouco tempo após o consumo, três mulheres faleceram: Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos; Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos; e Neuza Denize da Silva Anjos, 65 anos. Zeli dos Anjos e uma criança de 10 anos também sofreram reações adversas, mas conseguiram sobreviver.
Através das investigações, a Polícia Civil estabeleceu que Deise teria adicionado arsênio ao ingrediente principal, a farinha do bolo. O alvo do envenenamento seria sua sogra, com quem mantinha um relacionamento conturbado.
À medida que o caso ganhava notoriedade, a polícia decidiu investigar a morte do sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro de 2024. O corpo dele foi exumado, e exames revelaram a presença de arsênio. Na ocasião de sua morte, havia a suposição de que ele havia sofrido com uma infecção intestinal decorrente do consumo de bananas e leite em pó que Deise havia levado para sua residência.
Desde o início de janeiro, Deise estava custodiada no Presídio Estadual Feminino de Torres, mas foi transferida para a unidade de Guaíba no dia 6 de fevereiro, em razão de medidas de segurança. Com a nova investigação em andamento, as autoridades locais buscam esclarecer se a morte dela na penitenciária está relacionada a algum fator externo ou se realmente se trata de um ato suicida.
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